sexta-feira, 15 de agosto de 2014

LINGUAGENS E CÓDIGOS: FIGURAS DE LINGUAGEM

LINGUAGENS E CÓDIGOS: 

FIGURAS DE LINGUAGEM


Figuras de linguagem são tipos molhos dos textos literários!!!


 Eis aqui um resumão sobre as FIGURAS DE LINGUAGEM para ajudar a todos vocês que se preparam para a prova do Enem deste ano! (Tá chegando a hora, heim?! Força total nessa etapa final de sua preparação!)




FIGURAS DE LINGUAGEM

Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos textos.
Mas o que são figuras de linguagem?

Acompanhe conosco uma breve definição:

Figuras de linguagem são certos recursos não-convencionais que o falante ou escritor cria para dar maior expressividade à sua mensagem, tornando-a mais rica e artisticamente elaborada, demonstrando um conhecimento aguçado dos recursos comunicativos da língua.

METÁFORA

É uma comparação subentendida. A metáfora é uma das figuras de linguagem mais empregadas e, justamente por isso, convém conhecê-la bem e identificar suas ocorrências. Quando nos valemos de uma metáfora, estamos interessados em fazer uma descrição inusitada de alguma coisa ou de alguém, por intermédio de uma comparação que fica apenas subentendida no contexto enunciativo.

Repare nos exemplos:

Dois diamantes brilhavam no rosto da bela menina. (diamantes = olhos da menina)
Adalgiza é um docinho! (docinho = perfil gentil e agradável da pessoa em questão)
Essa rua é um verdadeiro deserto. (deserto = característica associada à rua)

COMPARAÇÃO

Como o próprio nome denuncia, há a comparação quando explicitamente comparamos (por meio de marcadores textuais) dois elementos dentro de uma sentença.

Observe os exemplos abaixo:

O meu coração está igual a um céu cinzento.
O carro dele é rápido como um avião.

Repare que, nos dois casos, os marcadores textuais (em vermelho) se encarregam de estabelecer, oficialmente, a situação comparativa entre os termos.

Lembre-se: A METÁFORA é uma comparação implícita, enquanto a COMPARAÇÃO é uma comparação explícita!

PROSOPOPEIA

É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.

O dia sorria com muito entusiasmo para os moradores da pequena aldeia.
O velho Ipê amarelo parecia acenar-lhe, em despedida.

SINESTESIA

Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes. Quando há sinestesia, unimos impressões provenientes de vários órgãos diferentes do sentido para descrever alguma coisa. Observe:

Raquel tinha um semblante amargo, áspero.
Sentia-se, no ar, uma fragrância doce, aveludada.

CATACRESE

É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim, a catacrese é o emprego de uma palavra no sentido figurado por falta de um termo próprio.

O menino quebrou o braço da poltrona.
A manga da camisa rasgou.

METONÍMIA

É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos:

a) O autor pela obra.

Li Clarice Lispector dezenas de vezes. (a obra de Clarice Lispector)

b) o continente pelo conteúdo.

O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo os torcedores)

c) a parte pelo todo.

Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto substitui casa)

d) o efeito pela causa.

Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui o trabalho)

PERÍFRASE

É a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.

A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetáculos. (Veneza Brasileira = Recife)
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro)

ANTÍTESE

Consiste no uso de palavras de sentidos opostos.

Nada, com Deus, é tudo.
Tudo, sem Deus, é nada.

EUFEMISMO

Consiste em suavizar palavras ou expressões que são desagradáveis.

Ele não está mais entre nós. (= morrer)
Os homens públicos envergonham o povo. (= políticos)
Chame a moça da limpeza, por favor. (= faxineira)

HIPÉRBOLE

É um exagero intencional com a finalidade de tornar mais expressiva a ideia.

Ela chorou rios de lágrimas pelo antigo noivo, o Atadolfo.
Muitas pessoas morriam de medo do velho do saco.

IRONIA

Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o contrário do que pensamos.

Que alunos inteligentes, não sabem nem somar!
Se você gritar mais alto, eu agradeço.

ONOMATOPEIA

Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos seres. Veja:

Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.

ALITERAÇÃO

Consiste na repetição de um determinado som consonantal no início ou interior das palavras.

O rato roeu a roupa do rei de Roma.

ELIPSE

Consiste na omissão de um termo que fica subentendido no contexto, identificado facilmente.

Após a queda, nenhuma fratura. (Não HOUVE nenhuma fratura)

ZEUGMA

Consiste na omissão de um termo já empregado anteriormente.

Ele come carne, eu, verduras. (A segunda aparição do verbo COMER é substituída pela VÍRGULA, que deixa o verbo apenas subentendido.)

PLEONASMO

Consiste na intensificação de um termo através da sua repetição, reforçando seu significado.

A mim, só me resta o desconsolo.

POLISSÍNDETO

É a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração.

Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar.

ASSÍNDETO

Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas orações.

Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.

ANACOLUTO

Consiste numa mudança repentina da construção sintática da frase. Exemplo:

Ele, nada podia assustá-lo.

Nota: o anacoluto ocorre com freqüência na linguagem falada, quando o falante interrompe a frase, abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.

ANAFÓRA

Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior expressividade. Exemplo:

Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro noturno.
                   (Fernando Pessoa)

SILEPSE

Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse: gênero, número e pessoa.

a) De gênero

Exemplo:

Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a expressão Vossa Excelência é feminina quanto à forma, mas, nesse exemplo, a concordância se deu com a pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não com o sujeito).

b) De número

Exemplo:

A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (Nesse caso, a concordância se deu com a ideia de plural da palavra boiada).

c) De pessoa

Exemplo:

As mulheres decidimos não votar em determinado partido até prestarem conta ao povo. (Nesse tipo de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª pessoa).

Ufa! Essas são, então, algumas das principais figuras de linguagem que você deve estudar e aprender a reconhecer.
Espero que o resumo seja útil a todos e que a preparação continue acontecendo a cada dia, seja em nossos encontros na sala de aula, seja na troca de informações através desse canal virtual.


                                  Paz profunda para todos!






COMPETÊNCIAS DA ÁREA DE LINGUAGENS E CÓDIGOS


COMPETÊNCIAS DA ÁREA DE LINGUAGENS E CÓDIGOS 

E, no mínimo, o que o Enem espera de você é que você saiba ao menos o que a prova vai exigir de você. Quais tipos de conhecimentos serão exigidos e como é que você deve se preparar para cada uma das grandes áreas.
No nosso caso, a área de Linguagens e Códigos tem um perfil bastante diferente daquilo que o vestibular tradicional, por exemplo, esperaria ou exigiria de você numa prova de Língua Portuguesa (Gramática, Literatura, Redação). A leitura de mundo que o Enem exige do estudante é mais ampla: ocupa-se de averiguar a habilidade do candidato de perceber o mundo que o cerca através das mais diferentes formas de CODIFICAR A INFORMAÇÃO. É por isso que a nomenclatura "Língua Portuguesa" seria bem insuficiente para designar essa grande área: ela pressupõe muito mais que os conhecimentos puramente linguísticos; quer saber se você entende a comunicação de forma mais ampla, como uma necessidade inerente ao ser humano que, para dar vazão às suas ideias, pensamentos e sentimentos, vale-se de inúmeros recursos que não só a língua para se expressar.
Trata-se de um exercício interessantíssimo sobre o quanto você consegue perceber a realidade e o outro através dos mais diferentes caminhos, das mais inusitadas formas.
Justamente por tratar de diferentes possibilidades comunicativas é que a área de Linguagens e Códigos é tão rica, tão interessante e prazerosa de se conhecer, estudar e praticar.
Abaixo seguem algumas informações técnicas do MEC sobre o que você deve desenvolver para prestar o Enem e obter grande êxito na prova de Linguagens e Códigos. 


O SENTIDO DO APRENDIZADO 
NA ÁREA DE LINGUAGENS E CÓDIGOS


A linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos e de partilhá-los em sistemas arbitrários de representação que variam de acordo com a vida em sociedade. A principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentido. A linguagem é uma herança social que, uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com que suas estruturas mentais sejam reguladas pelo seu simbolismo. A linguagem permeia o conhecimento, o pensamento, a comunicação e a ação, bem como as formas de conhecer, de pensar, de comunicar e de agir.
Nas práticas sociais, o homem cria a linguagem verbal. Ela é um dos meios para representar, organizar, transmitir o pensamento de forma específica. Há a linguagem verbal, a não-verbal e seus cruzamentos verbo-visuais, áudio-visuais, áudio-verbo-visuais...
O ato da fala pressupõe uma competência social de usar a língua de acordo com as expectativas em jogo.
No mundo contemporâneo – marcado por apelos informativos imediatos – a reflexão sobre as linguagens e seus sistemas é mais do que uma necessidade: é uma garantia de participação na vida social.
 



COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Representação e Comunicação:
  1. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
  2. Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores; e colocar-se como protagonista no processo de produção/recepção.
  3. Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.
  4. Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida.

Investigação e Compreensão:
  1. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis, etc.).
  2. Recuperar, pelo estudo, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.

Articular as redes de diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos:
  1. Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informações, a outras culturas e grupos sociais.
  2. Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem a solucionar.
  3. Entender a natureza das tecnologias da informação como integração de diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas exercem na sua relação com as demais tecnologias.

Contextualização sócio-cultural:
  1. Considerar a linguagem e suas manifestações como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social.
  2. Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
  3. Respeitar e preservar as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com as suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.
  4. Entender o impacto das tecnologias da comunicação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.









quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Morre Eduardo Campos em acidente aéreo na cidade de em Santos - SP

Morre Eduardo Campos em acidente aéreo na cidade de em Santos - SP


O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu nesta quarta-feira (13), após a queda de um avião em Santos, informam o jornal O Globo e a TV Globo, que fez contato com fontes da Aeronáutica. Conforme a emissora, os sete ocupantes da aeronave morreram: cinco passageiros e dois pilotos.

O deputado federal Walter Feldman (PSB-SP) confirmou que o candidato estava na aeronave. "O Márcio França (candidato a vice-governador em São Paulo) está no local e confirmou", disse. Uma fonte do partido dele também disse à Reuters que o candidato estava a bordo do avião

Jato Cesna, prefixo PR-AFA, cai na área urbana de Santos, no litoral paulista, por volta das 10h15; campanha do presidenciável Eduardo Campos já confirmava, às 12h30, que aparelho deveria trazer candidato à bordo; repórter da Rede Bandeirantes encontra material de campanha eleitoral de Campos entre os destroços; Marina Silva não estava na aeronave; candidato do PSB era esperado para compromisso a partir da Base Aérea do Guarujá; ele estava no Rio de Janeiro ontem, de onde o aparelho decolou; candidato a vice-governador, Marcio França, que esperava o presidenciável, afirmou ter feito último contato com ele às 9 horas da manhã; perícia isola e verifica área atingida por queda da aeronave; FAB informou que aeronave destruída fez o mesmo trajeto que estava estabelecido para o aparelho que carregava Eduardo Campos.