sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

INTERVENÇÃO: O MEDO DO MORRO TRAZ DE VOLTA OS GENERAIS por: Guilherme Coutinho*

INTERVENÇÃO: O MEDO DO MORRO TRAZ DE VOLTA OS GENERAIS
por: Guilherme Coutinho*


O morro ameaçou descer e os generais assumiram o controle da segurança pública do Rio de Janeiro. Utilizando-se de uma das medidas mais drásticas existentes no ordenamento jurídico brasileiro, a intervenção federal, Michel Temer colocou as Forças Armadas no comando das polícias (civil e militar), além do Corpo de Bombeiros do estado fluminense. O aumento da violência durante os dias de carnaval –infelizmente, recorrente como ressaca em quarta-feira de cinzas – não justificaria ato tão extremo, sobretudo após o término da folia. Nem mesmo momentos delicados como copa do mundo, olimpíadas, chacinas de crianças e guerra de traficantes mereceram ato tão extremo. Mas a ameaça da descida do morro para participação política amedrontou o governo golpista: os generais estão de volta.





O decreto de intervenção, competência da Presidência da República, tem validade imediata e deverá ser submetido ao Congresso Nacional em 24 horas para a deliberação, em sessão conjunta. O Presidente do Congresso, Eunício Oliveira, já sinalizou que convocará a sessão de deputados e senadores e que não deve haver impedimentos políticos para a aprovação da medida. Na prática, o Rio de Janeiro terá dois governadores, um civil e um militar: Luiz Fernando Pezão e o General Braga Neto, interventor escolhido por Temer para ser o braço forte do Estado no Palácio da Guanabara. Uma nova etapa do golpe acaba de começar.



A verdadeira motivação para intervenção, não foram os assaltos durante o reinado de momo, mas, sim, o medo de uma possível comoção social vindoura que pode abalar, de baixo para cima, as estruturas da República. A faixa na entrada da Rocinha, que motivou mais faixas em outras comunidades cariocas, prometendo descer em caso de prisão de Lula, mostrou a força do povo que, se unido, é uma fortaleza inabalável. Um outro indício sintomático de tenção revolucionária foi um saque a um supermercado que não foi impedido pela polícia, afinal ninguém deve mesmo ser impedido de comer.

Militares são treinados para guerra e não para tempos de paz, e é para isso que o governo parece estar se preparando. O morro ameaçou descer, o povo ameaçou reivindicar seus direitos e a repressão militar voltou em um piscar de olhos. A situação da autoridade desmedida do governo golpista e do Poder Judiciário pode ter chegado a um extremo que a população não mais aceitará. Michel Temer pode ter pensado em reprimir uma revolução popular, de forma preventiva, demonstrando o medo legítimo que os governos ilegítimos devem ter de seu povo. E que as classes menos favorecidas (as mais prejudicadas pelas reformas golpistas) entendam de uma vez seu poder sobre os rumos da nação.



*Guilherme Couto é Jornalista e Especialista em Direito Público. Também é autor do blog: Nitroglicerina Política
Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/guilhermecoutinho/342447/Interven%C3%A7%C3%A3o-o-medo-do-morro-traz-de-volta-os-generais.htm

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

CONSELHO DO EXÉRCITO PEDIU A EXPULSÃO DE BOLSONARO POR PLANEJAR ATO TERRORISTA!

 
CONSELHO DO EXÉRCITO PEDIU A EXPULSÃO DE BOLSONARO POR PLANEJAR ATO TERRORISTA!

Nenhum inquérito é mais preocupante para as pretensões políticas de Jair Bolsonaro que o julgamento no dia 16 de junho de 1988 no Superior Tribunal Militar (STM). No inquérito, o hoje parlamentar foi acusado de transgressão grave ao Regulamento Disciplinar do Exército. Em entrevista à revista Veja, o militar fez comentários nada amigáveis ao governo federal.


Bolsonaro também planejou ações terroristas. Seu intuito era explodir bombas em quartéis do Exército e outros locais do Rio de Janeiro, como na principal adutora de água da capital fluminense, para demonstrar insatisfação sobre índice de reajuste salarial do Exército.O site Diário do Centro do Mundo teve acesso ao relatório secreto do Centro de Inteligência do Exército (CIE), nº 394, de 1990, com 96 páginas.



Punido por ter elaborado e feito publicar, em uma revista semanal, de tiragem nacional, sem conhecimento e autorização de seus superiores, artigo em que tece comentários sobre a política de remuneração do pessoal civil e militar da União: ter abordado aspectos da política econômica e financeira fora de sua esfera de atribuição e sem possuir um nível de conhecimento global que lhe facultasse a correta análise; por ter sido indiscreto na abordagem de assuntos de caráter oficial, comprometendo a disciplina; por ter censurado a política governamental; por ter ferido a ética, gerando clima de inquietação no âmbito da OM (Organização Militar) e da Força e por ter contribuído para prejudicar o excelente conceito da tropa paraquedista no âmbito do Exército e da Nação (NR 63, 65, 66, 68 e 106 do anexo I, com agravantes do NR 2 e letra “C” NR 6 do artigo 18, tudo do RDE, fica preso por 15 (quinze) dias”.

O grave ato de indisciplina foi punido com apenas 15 dias de cadeia para o então capitão do Exército. No entanto, o Superior Tribunal Militar, por 9 votos a 4, considerou Bolsonaro inocente, mesmo depois do oficial ter sido excluído do quadro da Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO), e também de o Conselho ter considerado que as explicações dadas não serem satisfatórias.

Por unanimidade, o Conselho de Justificação do Exército considerou, em 19 de abril de 1988, que Bolsonaro era culpado e que fosse “declarada sua incompatibilidade para o oficialato e consequente perda do posto e patente, nos termos do artigo 16, inciso I da lei nº 5836/72”.

Em 1988, o general Sérgio de Ari Pires, ministro do STM, relator do processo contra Bolsonaro, concordou com o parecer do Conselho de Justificação e considerou o então capitão “não justificado”, ou seja, culpado. No dia 16 de junho de 1988, o STM realizou reunião para julgar Bolsonaro e o inocentou. Ato diametralmente oposto ao que acontecia dentro do mesmo Tribunal quando do julgamento de ações envolvendo qualquer cidadão acusado de ser contra o regime militar; mesmo que essa pessoa tenha apenas escrito uma carta endereçada a seus colegas de profissão.

Apesar de ferir dois sustentáculos básicos da carreira militar, a disciplina e a hierarquia, e de ter sido punido inicialmente com 15 dias de prisão, Bolsonaro só ganhou reconhecimento desde então. Na sua justificativa ao STM, ele disse que a matéria tinha como objetivo fazer vender a revista com publicação sobre assunto sensacionalista, e que não havia falado com a repórter.

Anos depois desse episódio sobre os planos terroristas de Bolsonaro no STM, o próprio disse à imprensa que todo esse imbróglio jurídico interno da caserna apenas o ajudou a ganhar fama e se eleger. “Eu nem pensava em entrar na política, mas isso me ajudou porque fiquei conhecido e então eu fui eleito no ano seguinte”, declarou para a imprensa em 2014. No ano de 1988, Bolsonaro foi eleito vereador no Rio de Janeiro com 11 062 votos, quando passou para a reserva não remunerada da corporação.


Fonte: www.parlamentopb.com.br/mobile/noticia.php?id=64700







segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

O PRECONCEITO E O RACISMO SÃO MESMO ATESTADOS DE BURRICE! (Gleidistone Antunes)


Oprah Winfrey

O PRECONCEITO E O RACISMO SÃO MESMO ATESTADOS DE BURRICE!


Nos meus mais de 50 anos tenho visto um monte de gente que, infelizmente, age com preconceito e racismo quando o assunto é a mulher.


Muitos ainda, em pleno século XXI, pensam que mulher é objeto de descarte ou um simples depósito de esperma (se bem que algumas comportam-se assim, embora sejam uma parcela mínima da classe feminina).


Se a mulher é negra, pior ainda. Tem gente que a trata com racismo, um problema vil que acomete as pessoas mais baixas e moralmente duvidosas.


Mas (como sempre temos essa conjunção adversativa, graças a Deus), há mulheres como se diz no Nordeste: "de cabelo nas ventas". Valentes guerreiras que não se deixam levar pelos derrotistas de plantão, que estão sempre querendo coloca-las para baixo. No entanto, por mais que as desvalorizem, elas (negras) não se deixam abater e isto é uma maravilha. 


E é neste contexto que assisti a um vídeo de umas dessas apresentações nos Estados Unidos em que houve a entrega do prêmio Globo de Ouro, que fiquei orgulhoso de uma negra linda, inteligente e apresentadora de TV lá nos States. Seu nome é Oprah Winfrey. O vídeo abaixo nos evidencia, nas entrelinhas, que o preconceito e o racismo são mesmo atestados de burrice!


Assistam ao vídeo e escutem que discurso moderno, político e extremamente consciente:


Clik aqui e assistam ao vídeo: