segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A INCRÍVEL HISTÓRIA DOS PATRIOTAS QUE QUERIAM UM REVÓLVER E FICARAM SEM O ARROZ Por Henrique Rodrigues, jornalista e professor de Literatura Brasileira.

Preços do arroz e do óleo de soja sobem influenciados por estiagem e dólar  em Ribeirão Preto | Ribeirão Preto e Franca | G1 

A INCRÍVEL HISTÓRIA DOS PATRIOTAS

QUE QUERIAM UM REVÓLVER E

FICARAM SEM O ARROZ

Por Henrique Rodrigues, jornalista e professor de Literatura Brasileira

 

Um saco de cinco quilos de arroz chegou a 25 reais. Com isso, o homem que preside a associação dos supermercados aconselhou o brasileiro a comer macarrão. A insignificante garrafa de óleo de soja, antes coadjuvante nas prateleiras e gôndolas do varejo, agora ostenta o status de celebridade e é comercializada a oito reais.

 

A coisa anda tão estranha que em breve vai ter pasteleiro vendendo pastel ensopado.

 

Já o dólar, que até pouco tempo representava o passaporte para o consumo de gêneros importados, estourou em 5,61 reais nas últimas semanas. O povão piadista e incomplacente que xingou doze gerações de Dilma Rousseff quando a verdinha bateu 4,05 reais assiste passivamente à moeda brasileira derreter, enquanto caça os perigosos comunistas imaginários e clama por cloroquina contra o vírus chinês.

 

Não será necessário estender muito essa prosa, tampouco listar a sucessão de humilhações que nos são impostas diariamente, para retratar o cenário desolador e inimaginável em que o furdunço de Jair Bolsonaro (que alguns preferem chamar de governo) nos meteu.

 

O BRASIL ESFACELOU-SE

 

Miséria, desemprego recorde, destruição generalizada da máquina pública, preços de gêneros básicos em disparada galopante, fome, desprestígio e isolamento em relação à comunidade internacional. Enfim, toda semana chegamos ao fundo do poço, para descobrir que lá sempre há um alçapão.

 

Como diz a poesia de Criolo, aqui o elevador só desce.

 

Fico imaginando o choramingo silencioso de um bolsonarista na intimidade da fronha úmida, deitado à noite. Essa gente rasa que sonhou em desfilar de Opala 83 com uma pistola na cinta, cheio de grana na carteira, mexendo com a mulherada na rua e indo à igreja de traje social no domingo para expiar os pecados, e que agora não consegue comprar uma lata de óleo pra fritar um bolinho de arroz.

 

Bolinho de arroz? Não, jamais! O arroz de Bolsonaro custa o mesmo que o presunto Parma da Era Lula.

 

O transe é tão impressionante que não se ouve um só pio. O país desmorona, a dignidade vai pelo ralo e a gritaria irascível vai calando.

 

Nem tanto, né?

 

Essa psicose deve ser uma coisa tão gostosa, tão orgasmática, que o sujeito abandona a carne e a cervejinha pra comer ovo cozido, vê o salário achatar, empobrece a passos largos, mas não cogita revoltar-se com o discurso encantador do desocupado pândego que está demolindo o Brasil.

 

LOUCURA? FALTA DE PERCEPÇÃO? SOCIOPATIA?

 

Pode até ser… Mas ainda penso que há muita gente envergonhada. É… Gente com vergonha. Não deve ser nada fácil assumir que foi completamente iludido por um energúmeno, um sujeito absolutamente ignorante e tosco, que com meia dúzia de abobrinhas conseguiu hipotecar até a sua alma, prometendo trazer de volta um país que nunca existiu.

 

Sim, não deve ser fácil ver a miséria avizinhar-se e saber que sua idolatria por um cara profundamente corrupto visava, no fundo, à honestidade e à fartura.

 

Os grupos que encamparam a cruzada sebastianista por um novo Brasil íntegro e heroico, de cidadãos de bem extasiados com seu líder sábio, desde já têm um dilema: como garantir as armas e munições tão desejadas antes que cheguemos ao ponto de revirar o lixo procurando o almoço?

 

Só posso desejar que sigam fortes e cobicosos nessa busca pelo paraíso armado ultraconservador, implacáveis com os comunistas que infestam seus inconscientes doentios.

 

Sobre a atual situação, creio que uma passagem de Cervantes, em Dom Quixote de La Mancha, sirva para acalmar os nervos e consolar a alma, afinal, “o sonho é o alívio das misérias dos que as têm acordados”.

 

Mitoooo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

EXTRA! EXTRA! EXTRA! NOVA POÉTICA ACABA DE SER LANÇADA EM PERNAMBUCO!!! (Por Gleidistone Antunes)


EXTRA! EXTRA! EXTRA!

NOVA POÉTICA ACABA DE SER LANÇADA EM PERNAMBUCO!!!

 

Na noite do dia 7 de setembro de 2020, 16 poetas participaram de uma videoconferência que lançou um novo gênero textual denominado Setígono.

O estilo poético produz um texto que deixa ao bel prazer do poeta “setigonista” a sua criatividade solta, livre e sob o leme do imaginário.

Surgido (ou nascido) na cidade de Xexéu – PE, esta nova poética arrastou outros tantos poetas que, surpresos, intrigados, mas agora apaixonados pelo estilo, embora cada um tenha o seu, e que já produziram mais de duzentos poemas.

A teorização já tem cinco artigos literários que trata desse garoto poético, que nasce a partir do caos, provocado pelo afastamento social, e da necessidade inquietante que o seu criador sentiu e sente para a criação de novos poemas e prosas, além de criar essa nova poética – o Setígono.

Afinal, do que se trata mesmo esse negócio de setígono? Como o próprio nome já diz, tem algo a ver com o numero 7. Claro! Mas que não tem nada a ver com versos de 7 sílabas poéticas, entretanto, tem a ver com poemas de 7 versos em frases-versos. Todavia, essa questão de rima, fica ao critério do setigonista.

Agora, temos como exemplos a explicação do seu criador – poeta, prosador e antologista, professor de Teoria da Literatura e articulador do Movimento da Poesia Absoluta, e agora também, do Movimento da Poesia Setigonal – o setigonista, Admmauro Gommes:

 

Setígono é um poema que contém sete versos, número que dá origem a essa composição literária. Não há rigor quanto ao uso da rima, no entanto, a rima interna é muito presente. O primeiro e o último versos aparecem em negrito, pois podem ser lidos juntamente, independentes do conjunto da estrofe central. Este recebe o nome de meridiano e os versos em negrito são chamados polares por se situarem na extremidade do poema. Nos versos polares, encontra-se a essência do estilo, pois geralmente condensam a ideia global.”

Abaixo, temos alguns exemplos de setígonos escrito por seus representantes, sobretudo, o de Admmauro Gommes:

 

Você não está só

 

na vida, nem na rotina

nenhum problema termina

se você não reagir.

Plante flores de esperança

para vencer o duelo

 

em um setembro amarelo. - Admmauro Gomes

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 A agudez da vida é sagaz

 

afogando-se a si se desfaz

Mordendo o vento em pesadelo

Mesmo tendo recebido zelo.

Mesmo assim se morrer entristecida

É peleja viver na rinha deste planeta

 

e enxerga o mundo por uma luneta! – Tony Antunes

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 No Silêncio a seta

 

voou a caminho da busca

Entre possíveis êxitos

Mergulhado na sorte

Ou a essência me falou.

No epicentro, o desejo

 

acertou os sete versos – Davi Mota


Além desses poetas, os escritores a seguir, em 20 dias, produziram, somando os textos de todos, cinco artigos teorizando o setígono e quase 200 poemas: Admmauro Gommes, Adriano Sales, Caio Vitor Lima, Cícero Felipe, Davi Mota, João Constantino, José Durán y Durán, Kevelly Kassandra, Libene Tenório, Neilton Lins, Pâmella Emanuella, Romilda Andrade, Sylvia Beltrão, Tony Antunes, Wilson Santos e Zé Ripe.

 

Mais informações:

admmaurogommes@hotmail.com

sexta-feira, 1 de maio de 2020

AS FAKE NEWS AO SERVIÇO DO PRESIDENTE PSICOPATA (MERCADOR DA MORTE)


AS FAKE NEWS AO SERVIÇO DO PRESIDENTE PSICOPATA 
(MERCADOR DA MORTE)

A história do nosso país, num futuro não muito distante, contará que nos dias de hoje, em que atravessamos uma pandemia que assola o mundo todo, a prática da banalidade do mal, configurada nas fake news foi patrocinada por grupos de “politiqueiros” e por corporações econômicas, com a ideia criminosa de espalhar o pânico à população brasileira.

O povo, na sua maioria ignorante, que por isso emprenha pelos ouvidos, espalha toda sorte (ou azar?) de vídeos, imagens e textos que descaradamente, incitam às pessoas que, por inocência ou por maldade mesmo, compartilham mentiras que um leitor (e são poucos no Brasil) mais atento perceberiam logo na primeira leitura, que tais informações falsas não passam de co-var-dia!

A prática assassina dos filhos de Bolsonaro e por seus correligionários, que pagam para que estas fake news (informações falsas), sejam propositalmente espalhadas pelas redes sociais, estava sendo investigada pela Polícia Federal. O pior é que este crime vem ocorrendo desde a campanha eleitoral para a presidência (por isso da investigação), com o beneplácito do então candidato e agora presidente. Por este motivo o dito cujo, Bolsonaro, resolveu, sem consultar o então ministro Sérgio Moro (tido como arauto da honestidade), trocar o delegado da PF por outro que, coincidentemente, é amicíssimo do seu filho investigado. Isto, logo de cara, configura-se em crime de peculato (abuso de confiança pública), previsto no Código Penal Brasileiro.

Neste momento, por exemplo, está rolando nas redes sociais que em Manaus estão enterrando caixões vazios, para que o governo federal envie mais verbas para aquele estado, para que o governo amazonense possa gerenciar com mais eficiência o enfrentamento à pandemia. Outra fake News, covarde e assassina, é a de que  o Brasil comprou milhões de máscaras da china e que elas já viriam contaminadas pelo COVID-19. Estas fake News têm o propósito, a partir do governo federal, de colocar o povo contra os governos estaduais, que estão se articulando de acordo com as orientações da OMS - Organização Mundial de Saúde, para enfrentar a pandemia generalizada.

Isto é um absurdo! Somente a imbecilidade humana, por ignorância ou, repito – por maldade, poderia espalhar um vídeo desse. É um crime! É cumplicidade bandida! Irresponsável e maldade pura!

Incrivelmente, estranhamente o presidente afirma não estar “Nem aí” com os números de mortos pelo COVID-19, inclusive de pessoas que antes de morrerem, votaram nele. Mas está muitíssimo interessado pelos relatórios da PF que está (ou estava) a investigar a ele (presidente) e aos seus filhos. Além da investigação por formação de quadrilha de milicianos.

O Brasil, neste momento, vive uma situação Surrealista em que imagens retorcidas de um governo problemático, pábulo, perdido, pobre e picareta está a afundar o país no desemprego, que assustadoramente sobe à dramática taxa de 17 milhões de brasileiros desempregados, segundo a FGV (in. www.veja.abril.com.br) atualizado em 07/04/2020).

O momento pede às consciências dos brasileiros que sejam mais seletivos, observem mais o que chega às suas redes sociais. Antes de compartilharem leiam, analisem, façam reflexões ante aos textos, imagens ou vídeos recebidos. Estamos lidando com a prática hitleriana da propaganda fascista. Não se permita ser um REPLICADOR, COMPARTILHADOR do que na nossa língua chamamos de FALSAS INFORMAÇÕES/FAKE NEWS!

O Brasil precisa de todos nós, mas acima de tudo, com consciência e lucidez, sem o falso aforismo de devemos ser uns apaixonados pelas pessoas dos políticos. Antes de tudo, temos de ter a sensatez de que por políticos a gente não se apaixona, dos políticos a gente cobra e fiscaliza. Sejam eles de que lado for, se de direita, de esquerda dos que ficam em cima do muro!