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sexta-feira, 20 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
EXTRA! EXTRA! EXTRA! Professores das áreas rurais carecem de formação para lidar com a já sabida especificidade das salas multisseriadas!
EXTRA!
EXTRA! EXTRA! Professores das áreas rurais carecem de formação
para lidar com a já sabida especificidade das salas multisseriadas!
No início de julho, o MEC
instituiu a Escola da Terra, ação do Programa Nacional de Educação
do Campo (Pronacampo) que oferece formação continuada aos
professores que atuam em escolas no campo e em comunidades
quilombolas. A ideia é oferecer um curso com carga mínima de 180
horas a docentes que lecionam nessas áreas, especificamente nos anos
iniciais do ensino fundamental e, sobretudo, para as turmas
multisseriadas. Essa descrição, publicada no Diário Oficial da
União, faz perguntar o porquê desse foco. Do total de escolas do
campo (76.229), 71,37% (54.405) têm salas com estudantes de diversas
séries, que somam 22% (1.384.654) das matrículas totais do campo
(6.293.885), segundo o Censo Escolar Inep 2011. O desafio hoje é
similar ao de seis anos atrás, quando 70% dessas instituições eram
multisseriadas.
Ainda de acordo com o Censo
Escolar, atualmente existem 342.845 professores no campo. Desse
total, apenas 53,23% (182.526) possuem o ensino superior. Mas, por
enquanto, são 7,5 mil vagas de formação continuada do programa
Escola da Terra previstas para 2013. Ou seja, a princípio, o projeto
pode atender 4,1% do conjunto de docentes do campo com formação
universitária.
Neste ano, as vagas serão
distribuídas por sete universidades federais, segundo a Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(Secadi) do MEC. E, para ser instituída em uma cidade ou estado, a
formação continuada da Escola da Terra depende da adesão das
secretarias estaduais ou municipais de Educação por meio do Sistema
Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec).
Licenciaturas
Para os 160.319 professores sem
ensino superior que atuam no campo, ou 46,76% desse conjunto, foram
abertas neste ano 4.865 vagas presenciais de licenciatura em
universidades e institutos federais das cinco regiões do Brasil. Ou
seja, as vagas atenderão 3% dos docentes que ainda atuam sem
formação universitária. Até 2015, a meta é abrir um total de 15
mil vagas pelo Programa de Apoio à Formação Superior em
Licenciatura em Educação do Campo (Procampo), o que significa
atender 9,35% dos educadores sem licenciatura.
Um dado do EducaCenso 2007, em
um relatório do Observatório da Equidade, do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), mostra que, à época,
dos 311.025 professores da Educação Básica no campo, 57,1%
(177.595) deles não tinham cursado faculdade.
Mesmo com essa pequena melhora,
é importante ressaltar que hoje, do total de 160.319 docentes do
campo sem formação superior, ainda existem 4.127(2,5%) que apenas
cursaram o ensino fundamental.
FONTE:
Revista Educação
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