Estadão revela: tem muito medo de Marina Silva
Estadão revela: tem muito medo de Marina Silva http://goo.gl/xVz9ZR
Num duro editorial, o jornal “Estado de São Paulo”, revela seu
temor com uma eventual vitória de Marina Silva na disputa
presidencial; "Para começar, ela não terá a menor aptidão
para constituir um equipe para tocar o dia a dia do governo, sem o
que as melhores promessas e os mais avançados programas se
desmancham no ar. Além disso, procedem as dúvidas sobre
como se haverá no poder uma pessoa que dá motivos para crer que se
julga eleita por Deus - o que esteve perto de afirmar depois da
tragédia com o voo no qual também ela poderia ter viajado. Cabe
indagar ainda como, avessa à "velha política", enfrentará
a servidão de chefiar um governo sem maioria parlamentar. Marina
presidente é prenúncio de uma crise depois da outra"
LEIA NA
ÍNTEGRA O EDITORIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO:
A
CANDIDATA QUE IMPÕE
O MEDO!!!
Para
usar um verbo que há de fazer parte do seu léxico peculiar, a
candidata Marina Silva se pôs a subsumir o PSB na sua Rede
Sustentabilidade, como se o movimento que ela não logrou transformar
em partido no ano passado fosse maior que a histórica legenda
socialista, criada em 1947, 11 anos antes do nascimento da
ex-senadora e ex-ministra. Na constelação partidária brasileira, o
PSB de que os marineiros procuram se apropriar decerto não é
nenhuma estrela de primeira grandeza.
Ainda
assim, tendo saído das urnas de 2010 com 5 governadores (entre eles
o pernambucano Eduardo Campos, morto na semana passada), 4 senadores
e 34 deputados federais (acentuando uma ininterrupta curva de
crescimento a contar de 2002), é uma potência política média. A
essa condição a Rede só poderá aspirar em futuro incerto e não
sabido, mesmo se conseguir no próximo ano coletar as assinaturas
exigidas pela Justiça Eleitoral para ser incluída no sistema
partidário nacional - cerca de 500 mil, atualmente.
Parafraseando
o veterano militante socialista Carlos Siqueira, coordenador-geral da
operação que, por força de trágica circunstância, deixou de ser
a de Eduardo Campos, Marina, depois de se fazer hospedar pelo
partido, para não ficar à margem da sucessão presidencial, em
poucos dias resolveu tornar-se ela a dona da casa. Argumentando que a
candidata a vice, alçada pelo imponderável a titular da chapa ao
Planalto, "está longe de representar o legado de Eduardo",
Siqueira saiu da campanha batendo a porta com força.
Com
notável sem-cerimônia, de fato, Marina não perdera tempo para
colocar os seus principais aliados no controle compartilhado da
empreitada - a coordenação e o setor financeiro. Para aplacar a
velha guarda, a direção da legenda entregou a coordenação à
deputada federal Luiza Erundina, amiga próxima da candidata. Tensões
do gênero não são incomuns em comitês eleitorais mesmo quando o
candidato não é um adventício na sigla que o sagrou. É provável
que o personalismo de Marina - que a sua aureolada imagem pública
esconde - dê origem a novos atritos, em prejuízo do engajamento dos
antigos eduardistas.
Mas isso
não deverá passar de marola enquanto ela continuar a ser percebida
- no partido, entre os analistas eleitorais, na mídia e pelos
próprios oponentes - como tendo chances efetivas não apenas de
chegar ao segundo turno, mas de enfrentar de igual para igual a
presidente Dilma Rousseff. Essa visão resulta da pesquisa do
Datafolha que a emparelhou com o tucano Aécio Neves na segunda
posição graças aos votos de parte ponderável dos eleitores até
então indecisos ou propensos a invalidar o voto. Na mesma sondagem,
em um tira-teima com Dilma, Marina termina à frente com 4 pontos de
vantagem, no limite da margem de erro.
Tais
números - que estariam sendo confirmados por levantamentos para uso
interno do governo, partidos e setores empresariais - disseminaram o
medo entre os adversários. No jargão da imprensa, acendeu-se no PT
a "luz amarela", no PSDB, a "luz vermelha. Para não
incorrer na ira dos eleitores que praticamente veneram Marina, Dilma
e Aécio se guardam de criticá-la, cada qual esperando que o outro
tome a iniciativa. Se esse temor reverencial perdurar nos debates
televisivos marcados para a próxima terça-feira (Rede Bandeirantes)
e na segunda seguinte (SBT), ficando limitadas à petista e ao tucano
as cobranças recíprocas, a omissão será um ato de lesa-eleitor.
Isso
porque ele não será levado a se perguntar que presidente da
República poderá ser a candidata que ninguém ousa confrontar. Pelo
que se vê, para começar, ela não terá a menor aptidão para
constituir um equipe para tocar o dia a dia do governo, sem o que as
melhores promessas e os mais avançados programas se desmancham no
ar. Além disso, procedem as dúvidas sobre como se haverá no poder
uma pessoa que dá motivos para crer que se julga eleita por Deus - o
que esteve perto de afirmar depois da tragédia com o voo no qual
também ela poderia ter viajado. Cabe indagar ainda como, avessa à
"velha política", enfrentará a servidão de chefiar um
governo sem maioria parlamentar. Marina presidente é prenúncio de
uma crise depois da outra.
FONTE:
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/151054/Estad%C3%A3o-revela-tem-muito-medo-de-Marina-Silva.htm