sexta-feira, 23 de março de 2018

O MEDO DA INTELIGÊNCIA (Por José Alberto Gueiros)

PESSOAL, NA MORAL!

O texto que apresento a vocês, queridos leitores deste Blog, foi postado num grupo do qual eu e muitos entendidos de política, economia, educação, justiça, segurança, direitos social, econômico e afins fazem parte.
É um desses raros artigos que, pela maestria com a qual foi produzido, tornou-se atemporal, ou seja, estará sempre atual, tanto pela temática abordada, quanto pela contextualização nele apresentada.
Deixemos de blá-blá-blá e vamos ao texto.

O MEDO DA INTELIGÊNCIA
Por José Alberto Gueiros

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetas políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta."

E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas são medíocres e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui noutros países. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:

"Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência."

Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdam, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.

Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra”.

O problema é que os inteligentes não gostam de brilhar. Que Deus os proteja para que as cobras não os ataquem.


in JORNAL DA BAHIA - Sábado, 23/09/79.

domingo, 18 de março de 2018

ERIVAN LOPES PARA CIDADÃO PALMARENSE, JÁ!

Sensei Erivan Lopes, da Academia Palmares Judô Clube

ERIVAN LOPES PARA

CIDADÃO PALMARENSE, JÁ!


Muitas coisas têm sido motivo de vergonha para os Palmarenses, sobretudo o fator político, com sua corrupção, que impede o desenvolvimento desta terra em todos os setores institucionais. Não se desenvolve a economia (por conta do monopólio cartelizado), não se desenvolve a política (por conta da picuinha do toma lá, dá cá), não se desenvolve a segurança, a educação, o emprego com justa remuneração nem se desenvolve a saúde (porque com muitos doentes, se chega mais verba. Para quem?).
Mas graças ao Arquiteto do Universo nem tudo está perdido. Pois nos últimos 20 anos, pelo menos, os poetas, contistas, cantores e compositores desta terra têm sido o único motivo para dizermos: "'Tenho orgulho da minha cidade Palmares!"'
Nesta leva de pessoas que enaltecem verdadeiramente o nome desta cidade, temos também os esportistas, mais precisamente, os judocas da Academia Palmares Judô Clube, cujo Sensei Erivan Lopes, vem há mais de trinta anos elevando este município à categoria de "'Cidade do Judô, na Mata Sul de Pernambuco".
Mas ninguém, ninguém mesmo, ainda não percebeu que os judocas palmarenses foram os que mais vezes marcaram na história do esporte pernambucano - o nome dos Palmares. 
Nomes como: Jonathas, Kaylane, Boaz, Crhistofer, Gladstony, sem mencionar os das antigas que elevaram o nome da terra dos Poetas aos píncaros da vitória nos pódios do esporte pernambucano.
O grande responsável por esse feito é, sem sombra de dúvidas, o Sensei Erivan Lopes, alagoano de Maceió radicado aqui na terra de Gangazumba, há mais de trinta anos e tendo contribuído, às duras penas, com o esporte dos Palmares não só aqui na cidade, mas também na Mata Sul de Pernambuco. Por isso ele merece o título de Cidadão Palmarense!
Portanto, na qualidade de observador político, Professor, pai de família (um também adotado por esta cidade há trinta e cinco anos), peço encarecidamente, que todos os judocas, ex-alunos do Sensei Erivan, os meus amigos, amigos dos meus amigos e a todos os Palmarenses, que comecem comigo um movimento em prol do reconhecimento a este cidadão dos Palmares, pelos seus relevantes serviços prestados a esta cidade, por intermédio do Judô.

“ERIVAN LOPES, para cidadão
dos Palmares, já!