sábado, 5 de setembro de 2015

A CAPACIDADE DE SE INDIGNAR

Tradução: A humanidade progrediu, mas não parece!



A CAPACIDADE DE SE INDIGNAR
Admmauro Gommes

Pelo menos nos resta a capacidade da indignação. Diante de um mundo caótico, virado de ponta-cabeça, quem não puder levantar uma bandeira contra a desumanização de nossa espécie, que pelo menos mostre sua intolerância diante das atividades que vêm sendo publicadas recentemente pela mídia. Foi o que fez o valente professor Gleidistone Antunes da Silva, formado em Letras e funcionário da FAMASUL. Eis o texto dele:





UM NAUFRA(GADO) HUMANO
Por Gleidistone Antunes

"Hoje acordei dormente, nauseado e extremamente pensativo. Tudo isso por conta de uma dúvida que há muito tempo tem me incomodado, mas que somente agora pude sentir, ferrenhamente, sua ferrada no peito configurada numa imagem que comoveu o mundo. A imagem de um menino na praia. Mas... um menino morto! Puxa, como dói!
Essa visão dantesca buliu comigo, me fez chorar. Reacendeu então, no meu peito, aquela dúvida humana(?): “Quem sou? Donde vim? Para onde vou?”
A dúvida é uma constante na minha cabeça, tal qual uma interrogação ambulante a questionar-me repetidamente essas três perguntas. Ainda mais agora que o mundo está "trocando as bolas." As bolas do juízo humano estão quicando tortamente, tropegamente... erradamente. "Parem o mundo que eu quero descer," eu não aguento mais ficar aqui pagando para ver gente ser assassinada, torturada, roubada e enganada.
Diante daquela imagem, pergunto-me: “O que somos? Humanos? Desumanos? Dotados da razão? Sem razão? Que justificativa há para tanta atrocidade no planeta entre os ditos “humanos”(?). O poeta talvez tenha tido razão quando nos comparou com um rebanho de gado humano: "Êh, ô, ô, / vida de gado / Povo marcado / Êh, povo (in)feliz!(?)."
É, somos mesmo uns naufra(gados) humanos, à mercê das ondas desafortunadas da vida, que nós mesmos provocamos uns para os outros. E o mundo, sub judice da nossa falta de razão, sofre, pede socorro e morre conosco. "