sábado, 22 de novembro de 2014

“UM CONTO DE NATAL” OU, “OS FANTASMAS DE CROOGER”



UM CONTO DE NATAL” OU, “OS FANTASMAS DE SCROOGER”

Título original: A Christmas Carol
Realização: Robert Zemeckis
Elenco de vozes: Jim Carrey, Daryl Sabara e Ryan Ochoa




PESSOAL, NA MORAL!!!

ESTÁ CHEGANDO O NATAL, E NESSA ÉPOCA MUITOS IRÃO FALAR, COMO SEMPRE, EM SOLIDARIEDADE, AMOR FRATERNAL E PRINCIPALMENTE NO NASCIMENTO DO CRISTO JESUS, QUE SE FEZ HOMEM PELO VENTRE SAGRADO DA VIRGEM MARIA, POR INTERMÉDIO DO ESPÍRITO SANTO.
POR CONTA DISSO, VENHO APRESENTAR A VOCÊS UMA PELÍCULA BASTANTE REFLEXIVA. TRATA-SE DO FILME QUE TEM COMO TÍTULO ORIGINAL “UM CONTO DE NATAL”, BASEADO NO LIVRO DE CHARLES DICKENS, PUBLICADO EM 1843, MAS NO BRASIL RECEBEU O TÍTULO DE “OS FANTASMAS DE SCROOGE”.



LEIAM A SINOPSE DO FILME: 
 
UM CONTO DE NATAL é a história do rabugento e avarento Scrooge. Scrooge tem um escritório em Londres e só pensa em trabalhar para guardar dinheiro, ele não gasta, apenas poupa, vive em função de sua ganância.
Às vésperas do natal, seu funcionário Bob Cratchit, tem a esperança de não trabalhar no dia 25 de dezembro, mas Scrooge não permite. Ele odeia o natal e não vê motivo para comemorações, muito menos para folga no trabalho. Bob é um rapaz pobre e pai de quatro filhos, sendo que um deles sofre de paralisia, mas, apesar das tristezas que a vida lhe deu, Bob é feliz e adora o natal.
Nesse dia, após o expediente, quando Scrooge volta para casa, ele encontra o espírito do seu ex-sócio Jacob Marley. Marley havia sido um homem tão mau e avaro quanto Scrooge, e resolve visitar o amigo a fim de salvar sua alma, pois o espírito dele ainda não conseguiu descansar em paz por ter levado tanta amargura e ruindade para o túmulo. Jacob avisa ao velho Scrooge que ele receberá a visita de três espíritos, e que eles lhe mostrarão o passado, presente e futuro, e após essas visitas o sócio deverá aprender a ser mais generoso.



Scrooge fica assustado e acredita ter sonhado tudo isso, mas algumas horas depois ele recebe a visita do primeiro espírito: O Espírito do Natal Passado, o leva a uma viagem por seu passado, quando Scrooge era jovem e feliz e adorava o natal. As tristes lembranças causam mal estar e amargura no rabugento que afugenta o espírito.

O segundo espírito, o Natal Presente, leva o avaro a um passeio pela cidade, mostrando as várias comemorações que estão acontecendo e tudo que Scrooge está perdendo. Nesse passeio o espírito se mostra sob duas faces, a da ignorância e a da miséria, e avisa para que os homens tenham cuidado com elas.

O terceiro espírito é o Natal do Futuro, ele faz com que Scrooge veja o triste fim que o aguarda se continuar sendo como é. Assustado, o velho decide que tem que mudar. Ao acordar é outro homem. A generosidade passa a fazer parte de sua vida.

UM CONTO DE NATAL não é uma história exclusiva sobre o espírito natalino, mas sim uma história de redenção humana. Dickens expõe as mais feias características humanas em Scrooge, mas deixa claro que mesmo o pior ser humano consegue fazer brotar a bondade em seu coração.

Interessante é saber que Dickens escreveu UM CONTO DE NATAL como forma de criticar a Inglaterra. Na época de Dickens, a Inglaterra era a maior potência capitalista do mundo, o que contribuiu para o surgimento de miseráveis em Londres. Para os ingleses a avareza não era pecado e a solidariedade não fazia parte da vida dos mais abastados, era comum ver Scrooges espalhados por toda a Inglaterra. Além disso, esses ricos tinham o pensamento que Deus os protegeriam, pois eram eleitos do Senhor, daí a intenção de Dickens em usar espíritos para compor sua história, assim estaria mostrando que Deus espera boas ações de todos.



UM CONTO DE NATAL teve diversas adaptações no cinema, teatro, musicais, desenhos e até quadrinhos. Provavelmente, o mais famoso Scrooge seja o Tio Patinhas (em inglês: Uncle Scrooge ou Scrooge McDuck), que apesar de viver com os sobrinhos e ter amigos, nunca escondeu sua avareza. A última adaptação feita baseada na obra de Dickens foi OS FANTASMAS DE SCROOGE, lançado em 2009 pela Disney e com Jim Carrey em, praticamente, todos os papéis do filme.

Click no link e assista ao filme:  https://www.youtube.com/watch?v=mdn_I9fPG6U 

Pesquisa: https://www.google.com.br/search?q=os+fantasmas+de+scrooge+filme+completo+dublado&safe=active&hl=pt&gbv=2&oq=os+fantasmas+de+scrooge&gs_l=heirloom-serp.1.2.0l10.21112.25969.0.29522.23.14.0.6.6.0.608.4990.2j2j1j2j3j4.14.0....0...1ac.1.34.heirloom-serp..10.13.1583.XOf_KB_TGiA

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A extinção dos professores



A extinção dos professores




"O ano é 2.020 D.C. - ou seja, daqui a seis anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

- Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

- Porque não existem mais professores, meu anjo.

- Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

- Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

- Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

- E como foi que eles desapareceram, vovô?

- Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer "eu estou pagando e você tem que me ensinar", ou "para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você" ou ainda "meu pai me dá mais de mesada do que você ganha". Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo "gerenciar a relação com o aluno". Os professores eram vítimas da violência - física, verbal e moral - que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. "Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular", diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de ideias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas "bem sucedidas" eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão - enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

ATENÇÃO: Qualquer semelhança com a situação deste País ultrajado e saqueado por políticos quadrilheiros e mafiosos, não é mera coincidência."

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À medida em que fui lendo o texto (postado no Facebook pela amiga Ana Kristina Soares), achei que seu autor (que não consegui identificar) seria um visionário, mas quando cheguei ao fim da leitura, mudei de ideia. Ele nada mais é que uma pessoa atenta às ações (ou omissões) dos nossos políticos e da própria sociedade, que não reage (e muito pelo contrário, se acumplicia) ao verdadeiro crime que vem sendo cometido há alguns anos contra a educação no Brasil.

Se nada se modificar, a extinção dos professores parece inevitável. Só não sei se em 2020 ou antes...

FONTE: http://apatotadopitaco.blogspot.com.br/2014/09/a-extincao-dos-professores.html