A
INGRATIDÃO
Por
Gleidistone Antunes
Pensando sobre o que
escrever neste novo post, deparei-me hoje com a palavra
ingratidão. Ao ouvir e ler alguns relatos sobre esse tema percebi
que a ingratidão é uma forma de funcionamento mental que gera uma
atitude extremamente concreta de negatividade, de negação de si
mesmo, onde o ingrato deixa de reconhecer o que a outra pessoa fez ou
faz por ela.
Somente isso? Não,
com certeza que não, porque esse sentimento vem acompanhado de
outros negativismos, tais como: como a voracidade (eu quero tudo para
mim), a inveja (eu desejo o que o outro tem, ao invés de conquistar
por mim mesmo prefiro me apropriar e ao mesmo tempo destruí-lo),
soberba (altivez, orgulho excessivo) e onipotência (o que acha que
tudo pode).
Tenho ouvido relatos
de pessoas, de amigos e de conhecidos, vítimas da ingratidão, sobre
esse tema e percebo que ele mobiliza, nessa pessoa, ou seja, na
vítima que passa por isso, sentimentos como decepção, traição,
muitas pessoas se deprimem, outras se sentem enganadas. Há ainda
pessoas que ao viver esta situação, além da tristeza, diminuem sua
auto estima por ter permitido que isso acontecesse em suas vidas.
Mas, por que será
que uma pessoa na qual confiamos a nossa vida, o nosso tempo e todo o
nosso amor, estimamos e permitimos que ela se aproxime da nossa
intimidade torna-se ingrato?
Por estar passando
por um momento desse, percebi que é aqui que acontece o erro, o
ingrato sempre esteve lá, fui eu que não percebi, muitas vezes por
carência minha, outras porque acreditei que aquela pessoa seria
diferente comigo e que realmente era meu amigo, irmã e camarada.
Percebi que o
ingrato tem em si o sentimento do orgulho, de inveja, de egoísmo, da
falta de reconhecimento fraternal, e por isso não se coloca no lugar
da outra pessoa, pois sua principal característica está em olhar
somente para si, visando assim, seus próprios interesses. Descartam
com grande facilidade os que estavam ao seu lado, muitas vezes indo
embora sem despedir-se, já que não existe mais interesse em ficar.
Sabe de uma coisa?
Foi ótimo ele ter saído da minha vida, uma hora isso iria
acontecer, apesar da dor que sinto fiquei livre de quem nunca foi
verdadeiro, de quem nunca me amou verdadeiramente e pior, só estava
comigo por interesse.
Entretanto, mesmo
depois de tudo isso, me vem à mente a questão do perdão juntamente
com a frase (não sei de quem):
Meu filho, errar é
humano, mas perdoar é divino!!!
Vocês, meus
amigos(as) blogueiros e facebookianos, respondam-me:
Eu preciso passar
por isso?