quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A CAVEIRA DO MAUSOLÉU

 A caveira do mausoléu
(Tony Antunes)

Em nossa imaginação fértil de crianças, pensávamos que aquela caveira iria, a qualquer momento, nos atacar. Ao mausoléu dos antigos padres e freiras dirigíamos a nossa curiosidade. Queríamos saber se realmente ela se mexia, mas quem teria a coragem de vê-la se bulindo ameaçadora?
O medo tomava conta de toda a criançada, alimentado por uma antiga lenda urbana, criada com a intenção de amedrontar os supersticiosos e pivetes, que roubavam os vasos de flores, depositados ali no mausoléu, pelos familiares dos defuntos.
O mito da Caveira que se bulia, imperava nos corredores vazios, esquisitos e ameaçadores do Convento da ordem Terceira do Carmo, na Avenida Dantas Barreto, bem no centro do Recife.
Estávamos no ano de 1973, onde o pânico ganhava uma conotação ainda maior, com os boatos do aparecimento da “Perna cabeluda, do “Papa-figo”, da “Mulher do algodãoe da “Mulher de Branco.
Numa dessas tardes de inverno, onde a chuva aguça o nosso imaginário e o céu fica escurecido, parecendo que a noite matou o dia, fui desafiado pelos meus coleguinhas de classe, para mostrar a minha coragem. Eu deveria atravessar os corredores, entrar no mausoléu e demorar o máximo possível, sem temer àquela caveira. Como prêmio, eu ganharia os lanches de todos os que duvidassem da minha macheza. Como raramente eu levava algo para comer na hora do recreio, por conta da minha pobreza, impetuosamente, e no calor do momento, topei o desafio. Deixei-me levar pelos incentivos dos que acreditavam na minha afoiteza, e fui ao encontro do estranho mundo da Caveira do mausoléu!!!
A caminho, o eco das minhas passadas pelos corredores se intensificavam nos meus ouvidos, como se eu estivesse sendo perseguido por uma entidade desencarnada; quem sabe a alma daquela Caveira não estava a me acompanhar? Este pensamento foi tomando forma e os meus miolos começaram a ferver... De repente comecei a ver imagens surrealistas misturando-se às ideias de pavor que me arrepiavam todo o corpo e me faziam tremer dos pés à cabeça. Como num filme que retrata o fim do mundo, vi o céu e o inferno pintados no teto da igreja, onde brevemente eu faria a minha primeira comunhão. Tudo rodava na minha memória como um aviso sinistro: o carro de Daniel sendo arrebatado pelo fogo, as trombetas agudas tocando nos céus, os anjos sussurrando com olhar de reprovação e sobrevoando a terra, os gritos, gemidos e sussurros dos pecadores no fogo do inferno, as nuvens no maior alvoroço, os olhos de Nossa Senhora do Carmo com ar de quem ia me castigar, o cheiro das velas queimando, o Credo e a Ave Maria, a professora Maria Luíza com os olhos esbugalhados saltando das órbitas, as freiras com os terços nas mãos rezando na maior gritaria, minha cabeça rodando, meus coleguinhas correndo, minha mãe chorando, a lua caindo, o sol se apagando, a terra tremendo e eu... eu... eu...
Acordei duas horas depois na enfermaria do Convento, vítima de um desmaio súbito provocado por um forte desarranjo intestinal, causado pelo medo do desconhecido mundo da Caveira do mausoléu!!!

Fim

A arte de reescrever


A arte de reescrever
Por chico Viana


Refazer os próprios textos pode ampliar as possibilidades da mensagem e aguçar o senso crítico do redator”


Reescrever é sobreviver - Como refazer os próprios textos, para além da correção gramatical, pode nos ajudar a desenvolver as possibilidades da língua e a aguçar nosso senso crítico. 
 

Reescrever é um componente fundamental do processo da escrita. A razão disso é que nenhum texto ganha forma da primeira vez em que as palavras são colocadas no papel. Reescreve-se para se chegar ao que se quer dizer. Com isso, desenvolve-se o senso crítico e se aprende mais sobre as possibilidades da língua. 
 
A reescrita é imprescindível no aprendizado da redação. Para Eliane Domaio Ruiz, “o professor deve incorporar no ensino essa prática absolutamente comum entre os escritores (…), seja simultaneamente ao ato da escrita, seja posteriormente a ele” (de Como corrigir redações na escola, Editora Contexto, p. 24). Se ela não acontece, a correção limita-se à exposição dos problemas, sem que o aluno seja convocado a compreendê-los e os resolver. 
 
A refeitura do se escreve faz com que o estudante se fixe não apenas do resultado obtido, mas também nas transformações que deve efetuar no texto. Isso o ajuda a perceber que a escrita é um processo gradual. Ele deve entender que escrever primeiras versões é condição ruim para que, posteriormente, se chegue a um resultado satisfatório. Quem não reconhece as próprias falhas – suas e dos outros – não terá como as evitar
 
Os alunos com o tempo se convencem disso e passam a temer menos os “erros”, pois sabem que eles são um ponto de partida para se chegar ao acerto. Ao escrever aprendem a desconfiar dos binômios certo/errado, bom/mau. Convencem-se de que toda redação pode ser aperfeiçoada; o precário material que produzem nas primeiras versões é a matéria-prima que resultará num produto final, ou seja, bons textos. 
 
Segundo Daniel Cassany, “escrever é como atirar pedras – a gente não sabe com certeza os feitos que causará quando a pedra sair da sua mão” (de Oficina de textos, Artmed, p. 91). A reescritura ajuda a conhecer a trajetória da pedra, evitando o risco de que ela caia na cabeça de quem a jogou


Refazer: reescrever não é revisarrevisão, a grosso modo, se concentra em problemas gramaticais. Por meio dela corrigem-se os tropeços na ortografia, na regência, na concordância, na sintaxe dos modos e dos tempos verbais. A reescrita vai além: implica mudar ou cortar palavras, reordenar períodos, dar novas disposições aos parágrafos, a fim de que o texto atinja os objetivos a que se propõe.
A reescritura visa aprimorar a competência discursiva do aluno. Não escreve bem apenas quem não comete erros ortográficos e se sai bem em concordância e regência. Um texto pode ser correto nesse aspecto e não cumprir a sua função. O estudo da norma só tem sentido se conduz à produção de textos, sobretudo escritos que ajudem o indivíduo a atuar na sociedade. Quem não tem voz não tem vez.

Entendimento – a reescritura em sala de aula dá mais ênfase à comunicação do que ao estilo (no sentido literário). Não se está, afinal de contas, lidando com escritores, e sim com uma clientela que deseja aperfeiçoar sua capacidade redacional. O que se persegue é a clareza, a transparência de sentido. O aluno deve estar consciente de que escreve, sobretudo, para se fazer entender. O caminho para chegar a isso é combater os problemas que dificultam o ato de ler. Stephen Kock afirma que “o coração da legibilidade é sua relação com o leitor. A clareza é um instrumento essencial dessa relação” (Oficina de escritores, Martins Fontes, p. 227). 
 
entre os fatores que comprometem a leitura estão as falhas coesivas, a quebra do paralelismo, o excesso de palavras, a redundância de ideias, as enumerações extensas e as imprecisões vocabulares. 


Coesão – as falhas de coesão sãos as mais graves, pois afetam a coerência e por vezes obscurecem totalmente o sentido. Mesmo quando não chegam a esse extremo, desconcertam o leitor por promoverem quebra da unidade estrutural do texto. É o que ocorre na passagem abaixo retirada, como todas as passagens deste artigo, de redações produzidas em sala da aula):


Diante do comodismo e da certeza de impunidade, em vez de (nós) seguirmos as normas, a cultura do famoso jeitinho brasileiro vem se difundindo e tornou-se algo louvável


Na reescritura desse texto procurou-se mostrar ao estudante que a manutenção do sujeito (nós), no último período, daria unidade ao conjunto e facilitaria o trabalho de entendimento do leito:


Diante do comodismo e da certeza da impunidade, em vez de (nós) seguirmos as normas, (nós) difundimos a cultura do famoso jeitinho brasileiro e o tornamos louvável


Problema semelhante ocorre neste trecho: 
 

Além da falta de coerência desse projeto na questão do Estado interferir na forma de educar, ele não esclarece quais serão os critérios usados para associar a punição ao nível de gravidade das palavras” 

 
Observe que o termo “projeto” (sobre a interferência do Estado na educação dos filhos) não se relaciona com o pronome ele - que gera uma ambiguidade de sentidos, ou seja, a quem se refere esse pronome? A Estado ou ao projeto? Isso determina uma quebra na estrutura. Recuperamos a unidade estrutural apresentando “o projeto” como sujeito da primeira oração: 
 

Além do projeto ser incoerente, por permitir que o Estado interfira na educação dos filhos, ele esclarece quais os critérios para associar a punição ao nível de gravidade das palavras.”


As rupturas no paralelismo resultam da falta de simetria formal entre os elementos coordenados. A ausência de correlação sintática enfeia o texto mesmo que haja comprometimento do sentido, como se vê nesta passagem:


Talvez o preconceito se explique por se achar que pobre é indefeso, explorado e, conforme diz Lya Luft, que estão todos contra ele.” 
 

Ao coordenar os predicativos, o aluno usou dois adjetivos (indefeso – explorado) e uma oração. Alertado sobre o problema, tratou de encontrar um termo morfologicamente correlacionado ao conjunto: 
 

Talvez o preconceito se explique por se achar que pobre é indefeso, explorado e, conforme diz Lya Luft, hostilizado por todos.


Quando há palavras em excesso, os vilões são os adjetivos, advérbios e preciosismos:


Os pais escandinavos não demonstram fisicamente amor pelos seus filhos. Eles defendem que é muito mais importante valorizá-los. No entanto nesses países existe alta taxa de suicídios apesar de tanta valorização. Certamente os pais não percebem que dentro dos filhos há um grande abismo chamado solidão e que nada substitui um abraço afetivo em horas de dor e tristeza.” 
 

Essencial – os termos em itálico, de fato, nada acrescentaram ao pensamento do aluno. Retirá-los dá maior peso aos substantivos e verbos, destacando o essencial da informação: 
 

Os pais escandinavos não demonstram amor pelos seus filhos. defendem que é mais importante valorizá-los. No entanto, nos países escandinavos ocorre uma alta taxa de suicídios. Certamente os pais não percebem que os filhos se sentem solitários e que nada substitui um abraço em horas de tristeza.” 
 

O fator que desencoraja a leitura é a repetição de ideias. Ela faz o discurso circular em torno de um mesmo ponto e compromete a progressão, conforme se vê nesta passagem de uma redação sobre a força de vontade:


Tudo que se quer consegue-se, basta apenas focalizar os pensamentos naquilo que mais se deseja, pois quando a atenção está voltada para uma coisa só, é quase impossível não consegui-la.”


As longas enumerações também indispõem à leitura. Ler é antecipar os conteúdos desconhecidos a partir dos conhecidos; a diversidade dos termos que aparecem numa enumeração torna difícil essa tarefa:


A expansão desordenada da agricultura, o desmatamento, a poluição do solo e das águas, o tráfico de animais silvestres, a exploração abusiva dos recursos naturais estão extinguindo espécies numa velocidade muito maior do que a natureza tem de fazer a reposição.


Uma forma de melhorar a legibilidade desse trecho é antepor aos termos enumerados uma expressão genérica e ligá-la imediatamente ao predicado:


Vários fatores concorrem hoje para extinguir as espécies num velocidade maior do que a natureza tem para repor. Entre eles estão o desmatamento, a poluição do solo e das águas, o tráfico de animais silvestres e a exploração abusiva dos recursos naturais.”


Problemas semelhantes a esse é o das longas intercalações. Na passagem abaixo, a presença de três orações entre o sujeito e o predicado faz esquecer de quem (ou do quê) se fala no início do período:


O capitalismo moderno, que se caracteriza pela enorme concentração de renda e estimula a globalização, pois é preciso estender o consumo a todo o mundo, senão o capital não se multiplica, cria nas cidades grandes regiões com muitos marginalizados.


Ligação – na reescrita, contornou-se o problema ligando o sujeito ao predicado e transformando o período em dois:


O capitalismo moderno cria nas cidades grandes regiões com muitos marginalizados. Ele se caracteriza pela enorme concentração de renda e estimula a globalização, pois é preciso estender o consumo a todo o mundo, senão o capital não se multiplica.


Também devem ser refeitas as frases longas, ou “centopeicas”. Nesse sentido de frase não há propriamente falha de coesão; as ideias estão bem articuladas, mas a falta de pontos e vírgulas dificulta a captação da mensagem:


Nossos políticos dedicam-se a criar escolas e mais escolas, abrir concursos para preencher dezenas de vagas com professores vindos de cursos universitários às vezes ruins, às vezes inadequados à matéria que vão lecionar e dão-se por satisfeitos, pois, para eles, ensino de qualidade não é algo a ser pensado e elaborado, nem ao menos importado pronto do exterior, mas é simplesmente um conceito vazio a ser usado em véspera de eleição.”


A divisão do parágrafo em no mínimo três períodos daria um melhor ritmo ao texto e facilitaria ao leitor relaciona sua partes:


Nossos políticos dedicam-se a criar escolas e mais escolas. / Abrem concursos para preencher dezenas de vagas com professores vindos de cursos universitários às vezes ruins, às vezes inadequados à matéria que vão lecionar. / Apesar disso, dão-se por satisfeitos, pois, para eles, ensino de qualidade não é algo a ser pensado e elaborado, nem ao menos importado pronto do exterior; é um conceito vazio a ser usado em véspera de eleição.” 
 

No plano semântico, a refeitura procura sobretudo resolver os problemas de adequação vocabular, já que a escolha da palavra exata é fundamental para a compreensão do que se quer dizer. Numa passagem como: “Vivemos numa época de substituição de valores como ética e respeito por outros menos substanciosos...” É provável que o aluno não tenha a exata percepção do que seja “substanciosos”. Esse adjetivo não se aplica a “valor”. Mais adequado seria empregar “nobres”, “elevados” ou outro termo semelhante.


Adequação – a reescrita em sala de aula é primeiro “autotextual”. Com a ajuda do professor e dos colegas, o aluno reescreve os próprios textos. Numa etapa posterior, ele trabalha só textos dos outros. Esse é o momento de transformar gêneros, estilos, registros de linguagem, visando fazer uma ponte entre o que se escreve na escola e fora dela. O objetivo é mostrar ao estudante que produzir textos é uma forma de interagir socialmente. Ele não reescreve apenas para contornar problemas de linguagem e expressão, e sim, conforme observa Sírio Possenti, “para tornar o texto mais adequado a uma certa finalidade, a um certo tipo de leitor, a um certo tipo de gênero”.



A paráfrase___________________

 
Transformar um soneto de Gregório de Matos em prosa ajuda a entender as características do poema.

Entre as possíveis atividades de retextualização está a paráfrase, que consiste me “traduzir na própria língua” determinado texto. 
 
Paráfrase de poemas são úteis para confrontar as diferenças entre prosa e poema; servem também para ampliar o vocabulário. 
 
Apresentamos a seguir a versão a que, num trabalho em sala de aula, se reduziu este conhecido soneto de Gregório de Matos: 
 

(Pondo os olhos primeiramente na sua cidade, conhece que os mercadores são o primeiro móvel da ruína, em que arde pelas mercadorias inúteis e enganosas)


Triste, Bahia! Oh quão semelhante
Estás, eu estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante. 
 

A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante. 
 

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote. 
 

Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!  


Vocabulário: Brichote – estrangeiro, sentido pejorativo


Paráfrase: “Triste Bahia, quão diferente estamos de nosso estado antigo. Hoje te vejo pobre e tu me vês empenhado, mas já te vi rica e tu me viste abundante. O que te empobreceu foram os navios comerciais que têm entrado em tua barra; o que me fez pobre foram os negócio e os negociantes. Trocaste muito açúcar de alta qualidade pelas drogas inúteis que, presunçosa (metida), aceitas do esperto estrangeiro. Quisera Deus que um dia amanhecesses tao sensata, que o teu capote fosse de algodão.” 
 

Gêneros trabalhados________________


Ao reescrever um poema de Manuel Bandeira em forma de notícia, ressaltam-se as fronteiras entre os gêneros textuais. 
 
A transformação de poema em prosa pode-se associar o trabalho com os gêneros. Seguindo essa linha, uma outra possibilidade é transformar um poema em notícia, como se fez com o o conhecido “Poema tirado de uma notícia de jornal”, de Manuel Bandeira:


João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
 Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.” 



Ao determinar que os alunos retextualizassem o poema, chamou-se a atenção para as diferenças de estrutura, ritmo, pontuação que distinguem a prosa do poema. Eis uma das versões:


Ontem um indivíduo conhecido como João gostoso, depois de beber, cantar e dançar no Bar Vinte de Novembro, atirou-se na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu. Ele era carregador de feira-livre e morava no Morro da Babilônia, num barracão sem número.



O trabalho de reescrever_________

 
Mudar o tom de um pedido de emprego para um registro mais formal requer alguns cuidados.


Uma forma de trabalhar os níveis de linguagem é reformular textos escritos num registro inapropriado. Que efeito teria uma carta com pedido de emprego escrita assim?


Alô gente boa,
Faz dois anos que descolei o canudo, mas até agora não choveu na minha horta. Já trabalhei em tudo que foi lugar, e o pessoal só contrata gente calejada; o diabo é que para isso é preciso uma primeira vez, não?
Como vi no jornal que sua empresa está abrindo vagas, resolvi lhe pedir uma chance. Umazinha só. Garanto que não vai se arrepender, pois disposição é comigo mesmo. Não sou de pegar e largar, quando engreno numa coisa vou a té o fim.
Sem mais lorotas, pra não tomar seu precioso tempo, subscrevo estas mal traçadas.


C. F. S.”

 
Adaptando a um registro menos informal, o texto tem bem mais chances de atingir sua finalidade:


Senhor gerente:
Faz dois anos que me formei, e até hoje não consegui emprego. Procurei em vários lugares, mas as pessoas diziam que só contratavam funcionários experientes. No entanto, para tudo é preciso uma primeira vez.
Soube que sua empresa está oferecendo vagas, por isso resolvi lhe pedir uma oportunidade. Sou disposto, persistente, e não deixo tarefas pelo meio.
Sem mais, subscreve, atenciosamente, 
 

C. F. S.”
 
Referências_________________


Revista Língua Portuguesa – Ano 7, Nº 76 – p. 44-49, Fev. 2012
<www.linguaportuguesa.com.br> Acessado em 12 de julho de 2012

ESPECIALISTA EM LÍNGUA PORTUGUESA AFIRMA QUE O TERMO "PARALIMPÍCO" É DESCABIDO

 ESPECIALISTA EM LÍNGUA

 PORTUGUESA AFIRMA QUE O TERMO

 "PARALÍMPICO" É DESCABIDO


A pedido do Comitê Paraolímpico Internacional, desde novembro do ano passado as olimpíadas envolvendo atletas com algum tipo de deficiência estão sendo chamadas de "paralimpíadas". Até os jogos de 2008, o nome era "paraolimpíadas", levando a letra "o" depois do prefixo "para".
O motivo da mudança viria da origem inglesa da palavra "paralympic", que se funde com o início do termo "paraplegic" e com o final de "olympics", designando assim o atleta paralímpico.
Por conta disso, procurou-se saber se a mudança é válida de acordo com as regras da língua portuguesa. Para Helena Hawad, professora do Departamento de Letras da PUC-Rio, gramaticalmente o termo é "completamente descabido", chegando a ser "bizarro".
"Não tem fundamento a tentativa de aproximar (a língua portuguesa) com a língua inglesa, que tem características diferentes. São esforços diferentes em vão, já que só essa palavra vai estar em inglês e todo o resto do texto em português", explicou.
"Você suprime e cria o 'límpico', que não significa nada", completou.
Ainda na opinião da professora - embora ela entenda que a mudança não tem base - a nova grafia para os jogos olímpicos para deficientes deve ser mantida, podendo até sumir do dicionário no futuro.
"Devido ao movimento da mídia, que aceitou a nova palavra, ela deve ser aceita. Daqui a pouco ninguém vai discutir mais o que é certo ou o que é errado", concluiu. 


PARA SABER MAIS ACESSE AO SÍTIO
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http://www.soportugues.com.br/secoes/artigos.php

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

EXTRA, EXTRA, EXTRA!!! SÍTIO DIVULGA AS FARSAS VEICULADA NA NET, CONFIRA!!!



EXTRA, EXTRA, EXTRA!!! SÍTIO (SITE) DIVULGA AS FARSAS VEICULADA NA NET, CONFIRA!!!!!

Estamos vivendo mesmo nos dias do cão. Calma pessoal eu explico! É que muita gente maldosa está veiculando por intermédio de sitios (sites) e por e-mails, supostos milagres de folhas, frutos, raízes e a manipulção de produtos naturais com potencial de cura surpreendentes. Um grande exemplo disso são os supostos milagres da Aloe Vera (conhecida como BABOZA), da folha de graviola e agora, a mais nova revolução contra qualquer tipo de câncer: o suco de limão com bicarbonato de sódio. É tudo men-ti-ra!!!

Os ladrões divulgam por email, (eu mesmo já recebi vários) que o FACEBOOK, a MICROSOFT e tantos outros órgãos, estão distribuindo caridade na forna de R$ 0,30 – R$ 0,40 ou mesmo R$ 0,50 centavos de real, para cada e-mail recebido por nós e repassado para outros, assim como se fosse uma corrente de fé.

Vejamos a explicação: Eu recebi de fulano em e-mail com a foto de uma criança com uma enfermidade bem feia de se ver (eles usam o poder da imagem para comover os nosso coração já fragilizado pela desgraças da vida que se vê a todo instante na TV e se ouve nos rádios), pois bem, quando nós repassamos esse e-mail para outro, a criança recebe numa suposta conta, o valor total em dinheiro, referentes a quantidade de e-mails repassados. Esta é mais nova maneira virtual de meterem a mão nos nosso bolsos.

No sítio - http://www.e-farsas.com tem muitas explicações para as farsas que se propagam na net, e que estão confundindo a cabeça de muita gente. Agora fica a pergunta: Será que este próprio sítio também não é uma armação dos grandes indutriais para nos confundir ainda mais? 

Bom, façam uma visita ao endereço eletrônico descrito aqui e tirem vocês mesmos as suas conclusões.