quarta-feira, 17 de agosto de 2022

O BRASIL PRECISA REAGIR CONTRA A MANIPULAÇÃO DA FÉ CRISTÃ (Por Gleidistone Antunes)

 PESSOAL, NA MORAL!


O BRASIL PRECISA REAGIR CONTRA A MANIPULAÇÃO DA FÉ CRISTÃ


O presidente Bolsonaro critica o Projeto de Lei que prevê punição severa aos administradores de Redes Sociais e políticos que promoverem campanha difamatória baseada em fake news: Ele foi 'burramente' categórico nas palavras contra a Justiça brasileira, embora a utilize como álibe às suas acusações:

"Se uma pessoa se sentir ofendida, que vá à Justiça, mas não podemos criar leis, como a de "fake news”.

Também criticou o que chamou de “fechamento de igrejas” na pandemia de covid-19, reforçando a pauta religiosa da sua campanha, mostrando assim que não se importa se os ditos "irmãos evangélicos" se adoeceriam ou não.

O Estado brasileiro é laico. A Lei das Eleições (Lei 9.504/97), inclusive, proíbe a veiculação de propaganda eleitoral em templos religiosos.


Propaganda e discurso políticos em templos religiosos é crime previsto na Lei. O atual incompetente presidente dá clara evidência de que não se preocupa com o povo cristão, quando propaga em templos religiosos o uso de armas, a matança e a violência contra todas as pessoas que discordem do pensamento doentio e insano dele. A evidência da manipulação da fé, que ele chama de Cristã, não é nada, nem chega perto do que nosso Senhor Jesus Cristo pregou, falou e usou como exemplo de vida - "Amai ao próximo como a si mesmo!"

A sua esposa que, envolvida no "Esquema das rachadinhas", usa palavras de ovelha, mas que na prática, às claras, comete todo azar de mentiras, manipulação dos evangélicos de boa fé, mas que estão carentes por comida. São trinta milhões de brasileiros neste momento que estão passando fome, não têm o que comer. Estão na fila dos ossos, esperando o resto, as migalhas dos açougueiros consternados com a dor desse povo.

Mais de cem milhões de brasileiros comem mal, quando têm o arroz e o feijão, não têm a mistura e vice-versa.


Um homem que verdadeiramente tem fé em Deus e crê, por conhecer bem e por estudar as palavras de Jesus, não pode falar, pregar ou mesmo orar, quando esse homem, dito político cristão, impõe a fome e a violência ao seu povo, sobretudo quando esse mesmo povo lhe confiou o destino de uma nação!


REFERÊNCIA

https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/campanha-come%C3%A7a-com-guerra-santa-entre-bolsonaro-e-lula/ar-AA10JN5i?cvid=720b5727463140d5b4f11c80144ee09c

quarta-feira, 23 de março de 2022

EXTRA! EXTRA! EXTRA! TRAFICANTES MANDAM MAIS QUE O ESTADO!

 


EXTRA! EXTRA! EXTRA!


TRAFICANTES MANDAM MAIS 

QUE O ESTADO!



Por ordem do tráfico, Cracolândia é esvaziada 

e usuários se espalham por São Paulo


Traficantes e usuários de drogas deixaram a região conhecida como Cracolândia, na Luz, ao longo do fim de semana passado, e se espalharam por outros pontos do centro de São Paulo. A saída foi ordenada por lideranças do crime organizado na noite de sexta-feira, de acordo com a Polícia Civil. A polícia atribui a saída dos traficantes à atuação de agentes infiltrados e às operações que resultaram em 92 prisões em quase um ano. O aumento do preço das pedras de crack, a “inflação do tráfico”, também desmotivou a atuação do crime organizado na região.

Cerca de um terço dos usuários e traficantes, de acordo com estimativa da própria polícia, migrou para a Praça Princesa Isabel, também no centro. Com isso, parte do chamado fluxo no quadrilátero da Rua Helvetia, Alamedas Dino Bueno e Cleveland e a Praça Júlio Prestes mudou de endereço. A distância entre os dois pontos é de menos de 500 metros.

Além da Praça Princesa Isabel, os traficantes estão se instalando no túnel de interligação das Avenidas Paulista e Rebouças e na Praça Júlio Mesquita, no bairro da Santa Ifigênia. A concentração é menor do que na região da Luz.

Na sexta-feira, uma ordem das lideranças da facção criminosa que explora a Cracolândia determinou a saída dos traficantes da região. Os usuários, que são vítimas e dependentes, acompanharam os traficantes”, afirma o delegado Roberto Monteiro, da 1.ª Delegacia Seccional Centro.

Na visão da polícia, a saída do tráfico ocorreu pelas prisões feitas desde junho do ano passado, no início da Operação Caronte, ação da Polícia Civil com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Foram 92 presos até o momento. “O crime organizado acabou estrangulado. Mas não podemos falar no fim da Cracolândia. Foi uma vitória numa batalha”, diz Monteiro.

Desde janeiro de 2019 até o dia 28 de fevereiro deste ano, as forças de segurança estaduais informam a apreensão de mais 3,8 toneladas de drogas e 48,3 litros de drogas líquidas na região. No mesmo período, foram apreendidas 18 armas de fogo, 111 facas, 522 munições de diversos calibres, 446 balanças de precisão e mais de R$ 900 mil.

De acordo com o monitoramento da Prefeitura, a região da Cracolândia recebia um fluxo médio de 527 pessoas por dia. Em fevereiro, o número caiu para 397. O esvaziamento rápido, no entanto, surpreendeu até os moradores e comerciantes.

© TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO Parte do chamado fluxo de usuários de drogas migrou para a

Praça Princesa Isabel, também no centro

Imagens das câmeras de segurança da Prefeitura mostraram moradores ocupando a chamada Praça do Cachimbo, nas proximidades da Estação Julio Prestes, pela primeira vez em vários meses. Muitos temem, no entanto, que o fluxo retorne à região nos próximos dias. “A gente não sente segurança de que eles não vão voltar”, diz a comerciante Luciane Araújo, dona de uma mercearia na Alameda Glete.

A crise econômica, acentuada pela pandemia, também influenciou no enfraquecimento do tráfico de drogas. Policiais afirmam que o preço da pedra de crack subiu de R$ 10 a R$ 15 para cerca de R$ 30 e R$ 40 em pouco mais de três meses.

Entidades de assistência social alertam que o espalhamento dos usuários de substâncias psicoativas pode dificultar o oferecimento de cuidados básicos de saúde e ações de redução de danos por uso de drogas, como oferecimento de anticoncepcionais para as mulheres. O padre Julio Lancelotti vê com estranheza o esvaziamento. “É um vazio repentino e não se deve a nenhuma intervenção social do Estado ou da Prefeitura. O fluxo foi pulverizado, desde a Praça Princesa Isabel até outros locais do centro”, afirmou o líder da Pastoral do Povo de Rua.


Referência: Ordem do tráfico esvazia Cracolândia e usuários se espalham por São Paulo (msn.com)


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A INCRÍVEL HISTÓRIA DOS PATRIOTAS QUE QUERIAM UM REVÓLVER E FICARAM SEM O ARROZ Por Henrique Rodrigues, jornalista e professor de Literatura Brasileira.

Preços do arroz e do óleo de soja sobem influenciados por estiagem e dólar  em Ribeirão Preto | Ribeirão Preto e Franca | G1 

A INCRÍVEL HISTÓRIA DOS PATRIOTAS

QUE QUERIAM UM REVÓLVER E

FICARAM SEM O ARROZ

Por Henrique Rodrigues, jornalista e professor de Literatura Brasileira

 

Um saco de cinco quilos de arroz chegou a 25 reais. Com isso, o homem que preside a associação dos supermercados aconselhou o brasileiro a comer macarrão. A insignificante garrafa de óleo de soja, antes coadjuvante nas prateleiras e gôndolas do varejo, agora ostenta o status de celebridade e é comercializada a oito reais.

 

A coisa anda tão estranha que em breve vai ter pasteleiro vendendo pastel ensopado.

 

Já o dólar, que até pouco tempo representava o passaporte para o consumo de gêneros importados, estourou em 5,61 reais nas últimas semanas. O povão piadista e incomplacente que xingou doze gerações de Dilma Rousseff quando a verdinha bateu 4,05 reais assiste passivamente à moeda brasileira derreter, enquanto caça os perigosos comunistas imaginários e clama por cloroquina contra o vírus chinês.

 

Não será necessário estender muito essa prosa, tampouco listar a sucessão de humilhações que nos são impostas diariamente, para retratar o cenário desolador e inimaginável em que o furdunço de Jair Bolsonaro (que alguns preferem chamar de governo) nos meteu.

 

O BRASIL ESFACELOU-SE

 

Miséria, desemprego recorde, destruição generalizada da máquina pública, preços de gêneros básicos em disparada galopante, fome, desprestígio e isolamento em relação à comunidade internacional. Enfim, toda semana chegamos ao fundo do poço, para descobrir que lá sempre há um alçapão.

 

Como diz a poesia de Criolo, aqui o elevador só desce.

 

Fico imaginando o choramingo silencioso de um bolsonarista na intimidade da fronha úmida, deitado à noite. Essa gente rasa que sonhou em desfilar de Opala 83 com uma pistola na cinta, cheio de grana na carteira, mexendo com a mulherada na rua e indo à igreja de traje social no domingo para expiar os pecados, e que agora não consegue comprar uma lata de óleo pra fritar um bolinho de arroz.

 

Bolinho de arroz? Não, jamais! O arroz de Bolsonaro custa o mesmo que o presunto Parma da Era Lula.

 

O transe é tão impressionante que não se ouve um só pio. O país desmorona, a dignidade vai pelo ralo e a gritaria irascível vai calando.

 

Nem tanto, né?

 

Essa psicose deve ser uma coisa tão gostosa, tão orgasmática, que o sujeito abandona a carne e a cervejinha pra comer ovo cozido, vê o salário achatar, empobrece a passos largos, mas não cogita revoltar-se com o discurso encantador do desocupado pândego que está demolindo o Brasil.

 

LOUCURA? FALTA DE PERCEPÇÃO? SOCIOPATIA?

 

Pode até ser… Mas ainda penso que há muita gente envergonhada. É… Gente com vergonha. Não deve ser nada fácil assumir que foi completamente iludido por um energúmeno, um sujeito absolutamente ignorante e tosco, que com meia dúzia de abobrinhas conseguiu hipotecar até a sua alma, prometendo trazer de volta um país que nunca existiu.

 

Sim, não deve ser fácil ver a miséria avizinhar-se e saber que sua idolatria por um cara profundamente corrupto visava, no fundo, à honestidade e à fartura.

 

Os grupos que encamparam a cruzada sebastianista por um novo Brasil íntegro e heroico, de cidadãos de bem extasiados com seu líder sábio, desde já têm um dilema: como garantir as armas e munições tão desejadas antes que cheguemos ao ponto de revirar o lixo procurando o almoço?

 

Só posso desejar que sigam fortes e cobicosos nessa busca pelo paraíso armado ultraconservador, implacáveis com os comunistas que infestam seus inconscientes doentios.

 

Sobre a atual situação, creio que uma passagem de Cervantes, em Dom Quixote de La Mancha, sirva para acalmar os nervos e consolar a alma, afinal, “o sonho é o alívio das misérias dos que as têm acordados”.

 

Mitoooo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

EXTRA! EXTRA! EXTRA! NOVA POÉTICA ACABA DE SER LANÇADA EM PERNAMBUCO!!! (Por Gleidistone Antunes)


EXTRA! EXTRA! EXTRA!

NOVA POÉTICA ACABA DE SER LANÇADA EM PERNAMBUCO!!!

 

Na noite do dia 7 de setembro de 2020, 16 poetas participaram de uma videoconferência que lançou um novo gênero textual denominado Setígono.

O estilo poético produz um texto que deixa ao bel prazer do poeta “setigonista” a sua criatividade solta, livre e sob o leme do imaginário.

Surgido (ou nascido) na cidade de Xexéu – PE, esta nova poética arrastou outros tantos poetas que, surpresos, intrigados, mas agora apaixonados pelo estilo, embora cada um tenha o seu, e que já produziram mais de duzentos poemas.

A teorização já tem cinco artigos literários que trata desse garoto poético, que nasce a partir do caos, provocado pelo afastamento social, e da necessidade inquietante que o seu criador sentiu e sente para a criação de novos poemas e prosas, além de criar essa nova poética – o Setígono.

Afinal, do que se trata mesmo esse negócio de setígono? Como o próprio nome já diz, tem algo a ver com o numero 7. Claro! Mas que não tem nada a ver com versos de 7 sílabas poéticas, entretanto, tem a ver com poemas de 7 versos em frases-versos. Todavia, essa questão de rima, fica ao critério do setigonista.

Agora, temos como exemplos a explicação do seu criador – poeta, prosador e antologista, professor de Teoria da Literatura e articulador do Movimento da Poesia Absoluta, e agora também, do Movimento da Poesia Setigonal – o setigonista, Admmauro Gommes:

 

Setígono é um poema que contém sete versos, número que dá origem a essa composição literária. Não há rigor quanto ao uso da rima, no entanto, a rima interna é muito presente. O primeiro e o último versos aparecem em negrito, pois podem ser lidos juntamente, independentes do conjunto da estrofe central. Este recebe o nome de meridiano e os versos em negrito são chamados polares por se situarem na extremidade do poema. Nos versos polares, encontra-se a essência do estilo, pois geralmente condensam a ideia global.”

Abaixo, temos alguns exemplos de setígonos escrito por seus representantes, sobretudo, o de Admmauro Gommes:

 

Você não está só

 

na vida, nem na rotina

nenhum problema termina

se você não reagir.

Plante flores de esperança

para vencer o duelo

 

em um setembro amarelo. - Admmauro Gomes

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 A agudez da vida é sagaz

 

afogando-se a si se desfaz

Mordendo o vento em pesadelo

Mesmo tendo recebido zelo.

Mesmo assim se morrer entristecida

É peleja viver na rinha deste planeta

 

e enxerga o mundo por uma luneta! – Tony Antunes

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 No Silêncio a seta

 

voou a caminho da busca

Entre possíveis êxitos

Mergulhado na sorte

Ou a essência me falou.

No epicentro, o desejo

 

acertou os sete versos – Davi Mota


Além desses poetas, os escritores a seguir, em 20 dias, produziram, somando os textos de todos, cinco artigos teorizando o setígono e quase 200 poemas: Admmauro Gommes, Adriano Sales, Caio Vitor Lima, Cícero Felipe, Davi Mota, João Constantino, José Durán y Durán, Kevelly Kassandra, Libene Tenório, Neilton Lins, Pâmella Emanuella, Romilda Andrade, Sylvia Beltrão, Tony Antunes, Wilson Santos e Zé Ripe.

 

Mais informações:

admmaurogommes@hotmail.com

sexta-feira, 1 de maio de 2020

AS FAKE NEWS AO SERVIÇO DO PRESIDENTE PSICOPATA (MERCADOR DA MORTE)


AS FAKE NEWS AO SERVIÇO DO PRESIDENTE PSICOPATA 
(MERCADOR DA MORTE)

A história do nosso país, num futuro não muito distante, contará que nos dias de hoje, em que atravessamos uma pandemia que assola o mundo todo, a prática da banalidade do mal, configurada nas fake news foi patrocinada por grupos de “politiqueiros” e por corporações econômicas, com a ideia criminosa de espalhar o pânico à população brasileira.

O povo, na sua maioria ignorante, que por isso emprenha pelos ouvidos, espalha toda sorte (ou azar?) de vídeos, imagens e textos que descaradamente, incitam às pessoas que, por inocência ou por maldade mesmo, compartilham mentiras que um leitor (e são poucos no Brasil) mais atento perceberiam logo na primeira leitura, que tais informações falsas não passam de co-var-dia!

A prática assassina dos filhos de Bolsonaro e por seus correligionários, que pagam para que estas fake news (informações falsas), sejam propositalmente espalhadas pelas redes sociais, estava sendo investigada pela Polícia Federal. O pior é que este crime vem ocorrendo desde a campanha eleitoral para a presidência (por isso da investigação), com o beneplácito do então candidato e agora presidente. Por este motivo o dito cujo, Bolsonaro, resolveu, sem consultar o então ministro Sérgio Moro (tido como arauto da honestidade), trocar o delegado da PF por outro que, coincidentemente, é amicíssimo do seu filho investigado. Isto, logo de cara, configura-se em crime de peculato (abuso de confiança pública), previsto no Código Penal Brasileiro.

Neste momento, por exemplo, está rolando nas redes sociais que em Manaus estão enterrando caixões vazios, para que o governo federal envie mais verbas para aquele estado, para que o governo amazonense possa gerenciar com mais eficiência o enfrentamento à pandemia. Outra fake News, covarde e assassina, é a de que  o Brasil comprou milhões de máscaras da china e que elas já viriam contaminadas pelo COVID-19. Estas fake News têm o propósito, a partir do governo federal, de colocar o povo contra os governos estaduais, que estão se articulando de acordo com as orientações da OMS - Organização Mundial de Saúde, para enfrentar a pandemia generalizada.

Isto é um absurdo! Somente a imbecilidade humana, por ignorância ou, repito – por maldade, poderia espalhar um vídeo desse. É um crime! É cumplicidade bandida! Irresponsável e maldade pura!

Incrivelmente, estranhamente o presidente afirma não estar “Nem aí” com os números de mortos pelo COVID-19, inclusive de pessoas que antes de morrerem, votaram nele. Mas está muitíssimo interessado pelos relatórios da PF que está (ou estava) a investigar a ele (presidente) e aos seus filhos. Além da investigação por formação de quadrilha de milicianos.

O Brasil, neste momento, vive uma situação Surrealista em que imagens retorcidas de um governo problemático, pábulo, perdido, pobre e picareta está a afundar o país no desemprego, que assustadoramente sobe à dramática taxa de 17 milhões de brasileiros desempregados, segundo a FGV (in. www.veja.abril.com.br) atualizado em 07/04/2020).

O momento pede às consciências dos brasileiros que sejam mais seletivos, observem mais o que chega às suas redes sociais. Antes de compartilharem leiam, analisem, façam reflexões ante aos textos, imagens ou vídeos recebidos. Estamos lidando com a prática hitleriana da propaganda fascista. Não se permita ser um REPLICADOR, COMPARTILHADOR do que na nossa língua chamamos de FALSAS INFORMAÇÕES/FAKE NEWS!

O Brasil precisa de todos nós, mas acima de tudo, com consciência e lucidez, sem o falso aforismo de devemos ser uns apaixonados pelas pessoas dos políticos. Antes de tudo, temos de ter a sensatez de que por políticos a gente não se apaixona, dos políticos a gente cobra e fiscaliza. Sejam eles de que lado for, se de direita, de esquerda dos que ficam em cima do muro!


quinta-feira, 1 de agosto de 2019

FALE MAIS, BOLSONARO - o peixe e o falastrão quase sempre morrem pela boca



FALE MAIS, BOLSONARO!

“O peixe e o falastrão quase sempre 
morrem pela boca!”

Bolsonaro disse que não vai mudar seu jeito. Ele está certo. Tem que continuar desse jeitinho, tão “espontâneo”, sem filtro, que seus eleitores admiram. Apoio total para que diga tudo o que pensa. Fale mais, presidente. Fale tudo o que Vossa Excelência, ops, pensa. Faça piada com pinto de japonês, chame nordestino de paraíba, diga que não tem fome no Brasil, minimize a questão do trabalho infantil, ameace jornalista de pegar cana.

Diga que não houve ditadura, que jornalista torturada não foi torturada. Insinue que sabe o que aconteceu com desaparecido político, chame de balela documentos oficiais sobre os mortos do regime. Diga que o nazismo é de esquerda. E que o exercito não matou ninguém, afinal, o que são 80 tiros?

Diga que pode perdoar o holocausto, que vai fechar a Ancine, que não pode filme com prostituta ou propaganda com transexual. Proíba as palavras “lacrou” e “morri” em peças do governo. Diga mais, mito, diga vai privilegiar o filhão com uma embaixada e que vai mandar a família passear de helicóptero da FAB.

Fale para quem quiser ouvir que o Brasil não pode ser país de turismo gay, mas quem quiser sexo com mulher, fique à vontade. Fale mais, tiozão do pavê. Diga que só os veganos se preocupam com o meio ambiente. Defenda trabalho forçado para presidiários. É proibido, e daí?

Fale mais, sincerão. Diga que o IBGE não sabe nada sobre o desemprego, que a Fiocruz não tem dados confiáveis sobre drogas, que o Inpe mente sobre o desmatamento, que o Brasil é exemplo para o mundo em previsão ambiental, o país que menos usa agrotóxico.

Fale mais, todos os dias, sem falhar nenhum, para que seja de conhecimento geral, para que não nos esqueçamos nem por um único dia o autocrata, ignóbil sem empatia, o ser obtuso que desgoverna este país. Fale mais, que tá pouco. Fale mais porque o peixe e o falastrão quase sempre morrem pela boca.


Texto de Mariliz Pereira Borges
Jornal A Folha de São Paulo, 01/08/2019

quinta-feira, 25 de julho de 2019

A VENDA DA CASERNA (Gleidistone Antunes)

O presidente Jair Bolsonaro condecora o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) durante cerimônia de imposição de insígnias da Ordem do Rio Branco, no Itamaraty
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/07/marcos-pontes-tambem-questiona-dados-do-inpe-e-chama-diretor-para-conversa.shtml


A VENDA DA CASERNA

O nome do astronauta Marcos Pontes, tenente-coronel da reserva da Força Aérea Brasileira, é o epitáfio no túmulo do militar nacionalista, essa fantasia que embala a esquerda brasileira há, pelo menos, cinco décadas.

A cada tragédia nacional, seja o golpe de 1964, seja o de 2016, há sempre os otimistas que, mesmo acuados num canto qualquer da democracia, bradam suas esperanças nesse Quixote verde e amarelo: o militar nacionalista. Conservador, tosco, grosseiro, rastejante, bitolado, ignorante, violento – mas nacionalista.

Esse herói que pode até consentir a tortura, mas não aprova a entrega da Amazônia aos estrangeiros.

Aceita descer o pau nos estudantes, mas nada de vender a Petrobras.

Cacete nos comunistas? Tudo bem, mas não toquem nas nossas riquezas.

Da redemocratização do País, em 1985, até os últimos dias de Dilma Rousseff no poder, vi muita gente com fé inabalável na existência dessa criatura. Poderia ocorrer de tudo, mas, quando nada mais nos restasse, os militares nacionalistas iriam dizer “chega”, porque esse País poderia se tornar o lixo que fosse, mas sempre seria nosso, dos brasileiros.

Com Bolsonaro, até essa esperança ridícula nós perdemos. Não há nem sombra de nacionalismo nas Forças Armadas brasileiras. O País está sendo desmontado diante deles e com a ajuda deles, representados por esse bando de generais empoleirados em cargos da Presidência da República, atores coadjuvantes dessa ópera bufa que nos tornou uma terrível piada internacional.

Pontes, essa figura cada vez mais roliça enfiada em um macacão da Nasa, poderia ter se tornado, ao menos, um guardião da ciência. A viagem do então tenente-coronel ao espaço, de carona na nave espacial russa Soyuz, custou 10 milhões de dólares aos contribuintes brasileiros, em 2006. Sorridente, o nosso orgulhoso astronauta plantou feijão no algodão, em gravidade zero, e, na volta, largou a FAB, virou estrela de programas de auditório, garoto propaganda de travesseiros e, finalmente, coach motivacional para trouxas motivados.

Ocorre que o único brasileiro que viu a Terra do espaço aceitou fazer parte de um governo de terraplanistas que acreditam, também sem restrições, que o nazismo era de esquerda – o que, mesmo para um militar disposto a tudo, é um insulto histórico e uma ofensa à luta dos pracinhas, na Itália, durante da Segunda Guerra Mundial.

Agora, Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, vendeu o que restava de sua alma ao argumento de que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mente ao revelar que o desmatamento da Amazônia, em junho, aumentou 88% em relação ao mesmo mês, no ano passado. O fez sabendo ser uma infâmia, em solidariedade a Bozo, um demente obcecado com a própria ignorância, determinado a destruir o patrimônio e a ciência do Brasil.

Não há nenhum militar nacionalista. Estão todos empenhados em se vingar do esquecimento a que foram relegados, depois da ditadura, sabemos, agora, não sem razão. Todos esses anos consumindo recursos do País, mas não sabem nada do Brasil, não entendem nada da realidade brasileira e, em troca de cargos, aceitam fazer parte de uma tragédia nacional de destruição em massa dos direitos do povo brasileiro, sem precedentes em nossa história.