SONHO
DE PAPEL, DE GABRIEL CORONADO: UMA
HISTÓRIA DE AMOR E MOTIVAÇÃO
Por
Gleidistone Antunes
SONHO DE PAPEL
Gabriel
Coronado
(Refrão)
Eu
te recriei,
De
um sonho de papel,
E
te dei, o meu mais ingênuo valor,
E
também te mostrei, como pode ser cruel
O sabor, que tem do gosto do
amor. (2X)
(Rap)
A mim, me disseram,
Que
na vida tudo que eu quero,
É
ter todo o sucesso do mundo,
Coisa
que poucos obtiveram,
Mas
eu guardo na lembrança,
Algo
que ainda me dá esperança,
Que
ainda me faz, querer ver
A
vida, com amor e não com ganância.
Confesso,
estive perdido,
Em
um universo invertido,
Ignorando a quem realmente importava,
Dando
aos falsos, o tempo perdido.
Musa,
eu te juro, é por seu gostar que eu luto,
É
por toda beleza e bondade que há em você
Que
eu continuo dizendo...
(Refrão)_________________________________________________________________________________
O valor da linguagem poética, seja no poema propriamente dito, mas também nas crônicas, contos e novelas, ou seja, nos textos literários em geral, está nas figuras de linguagens que são os recursos de nosso idioma para tornar as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas. Esses recursos linguísticos podem ampliar o significado de uma oração, assim como suprir lacunas de uma frase com novos significados.
No
caso desta letra - "Sonho de papel" trás, logo nos
dois primeiros versos, a figura de linguagem classificada como
metáfora, que transcende o sentido denotativo, dando à expressão
poética um valor conotativo: "Eu te recriei, / De um sonho
de papel".
Em
seguida, manda uma antítese que, neste caso, contraria o sentido
real da expressão: "E te dei, o meu mais ingênuo valor, / E
também te mostrei, como pode ser cruel / o sabor, que tem do gosto
do amor. " A antítese está na relação estabelecida entre
os 4º e 5º versos.
A
segunda estrofe extrapola o contexto poético e se desdobra num texto
moralmente motivacional, mas que é facilmente dominado pelo autor na
forma de rap - discurso
rítmico, com ou
sem rimas,
que surgiu no final do século XX entre as comunidades
afro-descendentes
nos Estados Unidos.
Na
última estrofe Coronado abre seu coração, ele
mostra a inquietude da sua intimidade e faz uma confissão poética,
rítmica e extremamente
musical: “Confesso,
estive perdido, / Em um universo invertido, / Ignorando a quem
realmente importava, / Dando aos falsos, o tempo perdido. / Musa, eu
te juro, é por seu gostar que eu luto, / É por toda beleza e
bondade que há em você / Que eu continuo dizendo…”
Assim
termina seu
poema
com começo, meio e fim numa
apoteose poética-romântica. A história de um jovem poeta, mas com
uma possível alma-velha na roupagem de um garotão sonhador e
talentoso. Parabéns pelo belo poema!
Este jovem tem muito futuro, pois é evidente seu talento para compor e dar a melodia certa às suas letras. Nós ainda vamos ouvir muito falar neste garoto que é um excelente poeta.
Este jovem tem muito futuro, pois é evidente seu talento para compor e dar a melodia certa às suas letras. Nós ainda vamos ouvir muito falar neste garoto que é um excelente poeta.
Palmares,
madrugada da terça para a quarta, 8/11/2018
Que bom
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