sábado, 26 de julho de 2014

O Brasil em estado de Guerra Civil


O Brasil em estado de Guerra Civil

Sacrifícios humanos sangram,
gritos de horror e desespero cortam a noite ao meio”
Fausto – Goethe


Qual o motivo de tanta violência?


Em outros tempos, dávamos graças a Deus por vivermos num país sem guerra. Hoje isso não é mais possível. A violência nos grandes centros brasileiros, particularmente no interior de São Paulo, região de Campinas e adjacências e sul de Minas Gerais ultrapassa em larga margem o nível em que se encontram as nações mais conflagradas do Oriente Médio. Se somarmos todas as vítimas do terrorismo em Israel, Palestina, Egito, Arábia Saudita, Irã e Iraque não chegaremos sequer à metade do número de vítimas da violência criminosa em nosso país, toda ela causada, em última instância, por conta do Estado Nacional Brasileiro e sua incompetência governativa.

Assaltos, sequestros, assassinatos, guerras entre quadrilhas, corrupção policial, morosidade e corrupção nos poderes constituídos do nosso país Judiciário, crimes passionais e contra o patrimônio... Estas coisas, que outrora frequentavam as páginas policiais dos jornais, hoje estampam as primeiras páginas de toda a imprensa brasileira.

Cabe o truísmo: trata-se da agudização do desnível, da disparidade socioeconômica, da mais grave crise da história do Brasil, somada a um descaso e falta de liderança que ultrapassa as raias da má-fé, da incompetência administrativa dos governos tão voltados a cumprir interesses estrangeiros que se esquecem de seu próprio povo.
 

Os índices de homicídios são assustadores no Brasil

O Estado Assassino ameaça praticar mais violência!
 
No meio desta loucura toda há ainda aqueles que pregam uma ampliação na repressão estatal, ou seja, implantação da “Pena de Morte”, da “Prisão Perpétua”, “Colocar o Exército nas Ruas”, “Fuzilar sumariamente criminosos”, etc. 
 
O desespero leva muitos a desejar que o Estado, responsável maior pelo aumento da violência e do desespero da população, responsabilize-se ainda pela montagem de uma “máquina de extermínio” ao final do processo produtivo. Fica assim: “o Estado falha na formação do cidadão, falha ao não criar para todos condições de trabalho e emprego, falha ao não permitir a todos oportunidades iguais, falha no atendimento médico-hospitalar e educacional e, ao criar “monstros” deve incumbir-se de “exterminá-los””.

O Brasil quebrou um triste recorde: teve o maior número de pessoas mortas em um ano, segundo dados divulgados pelo Mapa da Violência - 2014, que compila dados desde 2012. Ao todo, foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980. O total supera o de vítimas no conflito da Chechênia, que durou de 1994 a 1996. 
 
É o dado mais atualizado de violência pelo Brasil e tem como base o Sistema de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que registra as ocorrências desde 1980.
 
 
A polícia está realmente preparada para lidar com os cidadãos na sociedade?
A taxa de homicídios também alcançou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes. O índice considerado "não epidêmico" pela Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

"As ações conjuntas entre Estados e a União para reduzir os homicídios são pontuais. Não existe um enfrentamento nacional, que abranja todas as esferas – municipal, estadual e federal", afirma Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do estudo.

Para ele, a redução na violência no país passa pela realização de reformas na estrutura da segurança pública, "inclusive com mudanças na policia, no código penal e no sistema penitenciário".

A média nacional no número absoluto de homicídios cresceu 7% de 2011 a 2012. Roraima, Ceará e Acre foram as unidades da federação com maior aumento: 71,3%, 36,5% e 22,4%, respectivamente.

Apesar de ter reduzido sua taxa de homicídios por 100 mil habitantes, Alagoas ainda lidera o ranking no país com 64,6 casos por 100 mil habitantes, número semelhante ao registrado durante a Guerra do Iraque, de 2004 a 2007. A média nacional é de 29 casos por 100 mil.

Apenas cinco Estados tiveram queda nas taxas de homicídio: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Santa Catarina e São Paulo possuem as menores taxas de homicídios por 100 mil habitantes: 12,8 e 15,1, respectivamente.

Veja a taxa de homicídio por 100 mil habitantes em cada Estado

  • Alagoas
    63,3
  • Espírito Santo
    47,3
  • Ceará
    44,6
  • Goiás
    44,3
  • Bahia
    41,9
  • Sergipe
    41,8
  • Pará
    41,7
  • Paraíba
    40,1
  • Distrito Federal
    38,9
  • Pernambuco
    37,1
  • Amazonas
    36,7
  • Amapá
    35,9
  • Roraima
    35,4
  • Rio Grande do Norte
    34,7
  • Mato Grosso
    34,3
  • Rondônia
    32,9
  • Paraná
    32,7
  • Rio de Janeiro
    28,3
  • Acre
    27,5
  • Mato Grosso do Sul
    27,1
  • Tocantins
    26,2
  • Maranhão
    26
  • Minas Gerais
    22,8
  • Rio Grande do Sul
    21,9
  • Piauí
    17,2
  • São Paulo
    15,1
  • Santa Catarina
    12,8
Fonte: Mapa da Violência 20

 Mortes no trânsito

O número de mortos em acidentes de trânsito no país cresceu 38,3% no período de 2002 a 2012, de acordo com dados do Mapa da Violência 2014. Considerando o aumento populacional no período, o crescimento foi de 24,5%.

 
Acidentes de trânsito e criminalidade no brasil, mata mais do qualquer guerra no mundo

O que os pré-candidatos dizem sobre segurança pública
 

 
Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à 
Presidência da República
 

"Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública (...)A União, que tem responsabilidade de cuidar das nossas fronteiras, de coibir o tráfico de drogas e o tráfico de armas, é, hoje, quem menos gasta" Foto: Sérgio Lima/Folhapress 


 José Eduardo Cardoso, ministro do governo Dilma Rousseff (PT) em resposta a Aécio Neves   
 
"A coisa mais concreta que ele [Aécio] propôs foi a mudança no nome do Ministério. O Ministério da Justiça tem que ser indutor e não repassador. O ministério não é a Casa da Moeda, é parceiro do Estado. Em segurança pública, não existe hierarquia entre União e Estados" Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à presidência
 da República 

 "A Federação está desafiada a organizar, sim, um sistema nacional de segurança pública. Esse é um desafio de todos nós, governadores, de todos os prefeitos e é também um desafio do governo federal" Foto: Jorge Araujo/Folhapress



Fontes:


 



 

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