O
Brasil em estado de Guerra Civil
“Sacrifícios
humanos sangram,
gritos de horror e
desespero cortam a noite ao meio”
Fausto – Goethe
Qual o motivo de tanta violência? |
Em
outros tempos, dávamos graças a Deus por vivermos num país sem
guerra. Hoje isso não é mais possível. A violência nos grandes
centros brasileiros, particularmente no interior de São Paulo,
região de Campinas e adjacências e sul de Minas Gerais ultrapassa
em larga margem o nível em que se encontram as nações mais
conflagradas do Oriente Médio. Se somarmos todas as vítimas do
terrorismo em Israel, Palestina, Egito, Arábia Saudita, Irã e
Iraque não chegaremos sequer à metade do número de vítimas da
violência criminosa em nosso país, toda ela causada, em última
instância, por conta do Estado Nacional Brasileiro e sua
incompetência governativa.
Assaltos,
sequestros, assassinatos, guerras entre quadrilhas, corrupção
policial, morosidade e corrupção nos poderes constituídos do nosso
país Judiciário, crimes passionais e contra o patrimônio... Estas
coisas, que outrora frequentavam as páginas policiais dos jornais,
hoje estampam as primeiras páginas de toda a imprensa brasileira.
Cabe
o truísmo: trata-se da agudização do desnível, da disparidade
socioeconômica, da mais grave crise da história do Brasil, somada a
um descaso e falta de liderança que ultrapassa as raias da má-fé,
da incompetência administrativa dos governos tão voltados a cumprir
interesses estrangeiros que se esquecem de seu próprio povo.
Os índices de homicídios são assustadores no Brasil |
O
Estado Assassino ameaça praticar mais violência!
No
meio desta loucura toda há ainda aqueles que pregam uma ampliação
na repressão estatal, ou seja, implantação da “Pena de
Morte”, da “Prisão Perpétua”, “Colocar o
Exército nas Ruas”, “Fuzilar sumariamente criminosos”,
etc.
O
desespero leva muitos a desejar que o Estado, responsável maior pelo
aumento da violência e do desespero da população,
responsabilize-se ainda pela montagem de uma “máquina de
extermínio” ao final do processo produtivo. Fica assim: “o
Estado falha na formação do cidadão, falha ao não criar para
todos condições de trabalho e emprego, falha ao não permitir a
todos oportunidades iguais, falha no atendimento médico-hospitalar e
educacional e, ao criar “monstros” deve incumbir-se de
“exterminá-los””.
O
Brasil quebrou um triste recorde: teve o maior número de pessoas
mortas em um ano, segundo dados divulgados pelo Mapa da Violência -
2014, que compila dados desde 2012. Ao todo, foram 56.337 mortes, o
maior número desde 1980. O total supera o de vítimas no conflito da
Chechênia, que durou de 1994 a 1996.
É
o dado mais atualizado de violência pelo Brasil e tem como base o
Sistema de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que
registra as ocorrências desde 1980.
A polícia está realmente preparada para lidar com os cidadãos na sociedade? |
A
taxa de homicídios também alcançou o patamar mais elevado, com 29
casos por 100 mil habitantes. O índice considerado "não
epidêmico" pela Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes
para cada grupo de 100 mil habitantes.
"As
ações conjuntas entre Estados e a União para reduzir os homicídios
são pontuais. Não existe um enfrentamento nacional, que abranja
todas as esferas – municipal, estadual e federal", afirma
Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do estudo.
Para
ele, a redução na violência no país passa pela realização de
reformas na estrutura da segurança pública, "inclusive com
mudanças na policia, no código penal e no sistema penitenciário".
A
média nacional no número absoluto de homicídios cresceu 7% de 2011
a 2012. Roraima, Ceará e Acre foram as unidades da federação com
maior aumento: 71,3%, 36,5% e 22,4%, respectivamente.
Apesar
de ter reduzido sua taxa de homicídios por 100 mil habitantes,
Alagoas ainda lidera o ranking no país com 64,6 casos por 100 mil
habitantes, número semelhante ao registrado durante a Guerra do
Iraque, de 2004 a 2007. A média nacional é de 29 casos por 100 mil.
Apenas
cinco Estados tiveram queda nas taxas de homicídio: Espírito Santo,
Rio
de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Santa Catarina e São
Paulo possuem as menores taxas de homicídios por 100 mil
habitantes: 12,8 e 15,1, respectivamente.
Veja
a taxa de homicídio por 100 mil habitantes em cada Estado
- Alagoas63,3
- Espírito Santo47,3
- Ceará44,6
- Goiás44,3
- Bahia41,9
- Sergipe41,8
- Pará41,7
- Paraíba40,1
- Distrito Federal38,9
- Pernambuco37,1
- Amazonas36,7
- Amapá35,9
- Roraima35,4
- Rio Grande do Norte34,7
- Mato Grosso34,3
- Rondônia32,9
- Paraná32,7
- Rio de Janeiro28,3
- Acre27,5
- Mato Grosso do Sul27,1
- Tocantins26,2
- Maranhão26
- Minas Gerais22,8
- Rio Grande do Sul21,9
- Piauí17,2
- São Paulo15,1
- Santa Catarina12,8
Fonte:
Mapa da Violência 20
O
número de mortos
em acidentes de trânsito no país cresceu 38,3%
no período de 2002 a 2012, de acordo com dados do Mapa da Violência
2014. Considerando o aumento populacional no período, o crescimento
foi de 24,5%.
O
que os pré-candidatos dizem sobre segurança pública
Aécio
Neves, pré-candidato do PSDB à
Presidência da República
"Hoje,
o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à
segurança pública (...)A União, que tem responsabilidade de cuidar
das nossas fronteiras, de coibir o tráfico de drogas e o tráfico de
armas, é, hoje, quem menos gasta" Foto: Sérgio Lima/Folhapress
José
Eduardo Cardoso, ministro do governo Dilma Rousseff (PT) em resposta
a Aécio
Neves
"A
coisa mais concreta que ele [Aécio] propôs foi a mudança no nome
do Ministério. O Ministério da Justiça tem que ser indutor e não
repassador. O ministério não é a Casa da Moeda, é parceiro do
Estado. Em segurança pública, não existe hierarquia entre União e
Estados" Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Eduardo
Campos, pré-candidato do PSB à presidência
da República
"A
Federação está desafiada a organizar, sim, um sistema nacional de
segurança pública. Esse é um desafio de todos nós, governadores,
de todos os prefeitos e é também um desafio do governo federal"
Foto: Jorge Araujo/Folhapress
Fontes:
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