quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A carapuça no CNJ – Conselho Nacional de Justiça


A carapuça no CNJ – Conselho Nacional de Justiça
Prof. Gleidistone Antunes

Nesta quarta feira, dia 28 de setembro, mês em que comemoramos a independência do Brasil, li uma matéria no Caderno Dois, do Jornal do Commercio, que deixou-me extremamente feliz por entender que o patriotismo não morreu, e que nem tudo está perdido em nosso pais. Refiro-me ao texto que fala sobre o depoimento da corregedora Eliana Calmon. Segundo a matéria, a advogada afirmou: “A magistratura tem sérios problemas de infiltração de bandidos escondidos por trás da toga”. Assim que li o texto, lembrei-me do juiz Nicolau Lalau, que estava infiltrado na magistratura, e de tantos outros (alguns estão presos) que vendiam alvarás de soltura a três por quatro, bastando apenas um mafioso poderoso assinalar com alguns euros ou dólares, uma verdadeira vergonha nacional.
A afirmação da magistrada, obviamente está embasada em documentos oriundos de suas investigações, afinal ela é paga para isto: investigar os ALMAS SEBOSAS, a TURMA DA BANDA PODRE infiltrada da magistratura. Tal afirmação da advogada (com d mudo), porque adevogados(as) com de, existem muitos, mas com o d mudo, são pouquíssimos. Estes últimos são os verdadeiros representantes da justiça em nosso país. O restante é tudo um bando de Lalaus! Como eu estava dizendo e continuo, a firmação da magistrada escandalizou muita gente, que lida diariamente com as leis, inclusive algumas delas desatualizadas e que favorecem muitas “brechas” para os já ditos ADEVOGADOS ou, maus advogados. Mas o que eu quero mesmo frisar na atitude da magistrada é a coragem, a ética e, acima de tudo, a honestidade com a qual a Doutora defende as sua posição de fiscalizadora. Ela está cumprindo muito bem o papel que lhe cabe, no local em que atua, ou seja, a justiça. A magistrada mostrou-se uma mulher honrada, algo que numa boa parte dos magistrados não tem nada de ilibada, estão mais sujos do que pau de galinheiro, a OAB que o diga. Agora, se a carapuça proposta pela Doutora Eliana Calmon, caiu como uma luva na cabeça do magistrado Cezar Peluzo e de alguns dos seus companheiros, é preciso que a magistrada tenha muito cuidado, pois pode acontecer com ela o que aconteceu com sua colega juíza do Rio de Janeiro.
Creio, Oxalá que esteja certo, que não foi a afirmação por si só, da Doutora, que ofendeu parte dos magistrados, mas o simples fato de tais palavras terem sido proferidas por uma mulher, que se mostrou honrada, capaz e de coragem. Que indignada com o que descobriu, abriu o verbo rasgando o brio dos que, por estarem numa posição de status quo, se acham acima da lei. Mas eles esquecem-se de que “onde há o joio, há o trigo” e que ninguém está livre de um dia cometer terríveis erros, mesmo os que ocupam altos cargos.
         Parabéns magistrada Eliana Calmon! É de gente como Vossa Excelência que o Brasil precisa, muito mais do que a maioria dos políticos, que maculam o nosso país.