domingo, 11 de dezembro de 2016

GENÉSIO CAVALCANTI: UM ROMÂNTICO INCURÁVEL. Por Gleidistone Antunes



UM ROMÂNTICO INCURÁVEL: GENÉSIO CAVALCANTI
Por Gleidistone Antunes

Muitos têm escrito acerca do amor em suas mais váriadas facetas. O céu, a lua e o mar têm sido a base de “inspiraçao” para os ditos poetas. Falam de coração, alma e até do pulmão, dando-lhes uma conotação de algo que sente as nuances sensitivas das manifestações do amor no corpo de um enamorado.
Mas, em meio a tantos autores de textos poéticos, sempre tem um que nos evidencia uma doença, uma “praga” boa, um sentimento louco-são, doido e varridamente lindo, mágico mesmo! Esse cara é o Poeta (com P maiúculo) Geneśio Cavacanti.
A gente não se cansa de ler, reler e ler novamente cada poema. E a cada leitura, de fácil compreensão, tiramos o máximo multiplo comum da essência do Eu lírico autoral, amante e amado, situações que o autor não tem nenhum constrangimento em expor.

De acordo com João Cabral de Melo Neto (1966: p. 36))

"Um galo sozinho não tece a manhã [...]”:

Mas Genésio, na contramão de Cabral, tece um ontem na memória dos seus leitores que, no hoje, estão carentes de um amor que pode não ser replicado no amanhã, muitos até nem sabem o seu real significado, a ponto de banalizá-lo. Entretanto, essa palavra se desbanaliza no grito poético desse palmarense arretado de bom e humanamente abençoado pelas palavras.

No poema “Na toada do amor” (2016: p. 117), Genésio diz o que nasceu para fazer, e o faz com afinco:

Levo a vida
cantando, escrevendo
recitando sobre o amor...
e acredite:
faço-o com vontade
com aplicação, fervor
e nessa toada
deixo minha marca
viva, acesa, determinada!

E para que não restem dúvidas ele diz: Uma das melhores / coisas da vida / é amar incessantemente... (2016: p. 173).

O autor também circula com desenvoltura pelos contos. Em “Uma noite inesquicivel”, Genésio dá um banho de narrativa, mostrando um narrador onisciente/onipresente, mas apenas se limitando a montar os diálogos sem que o Eu lírico se envolva na trama. E advinhem qual a temática desse conto? Só podia ser o amor!
No livro “Tempo de Amar”, o leitor também terá a grata leitura do excelente Prefácio do também poeta, escritor e blogueiro, Luiz Alberto Machado, que muitíssimo bem conhece o Genésio Cavalcanti, este que se mostra um artífice maduro e realmente incessante, incurável e louco a lá “Cervantes do amor” em pleno século XXI.
Eu o li todo e o recomendo, afinal, com Genésio Cavalcanti o amor sempre estárá no ar!


Referĉncias

Cavalcanti, Genésio. Tempo de amar. Serinhaém – PE: Gráfica e Editora Inovação, 2016.
Neto, João Cabral de Melo. Educação pelas pedras. São Paulo: USP, 2000.

Um comentário:

  1. QUE O MUNDO TRANSBORDE AMOR

    Dizem que os palmarenses não reconhecem seus artistas. Quanta inverdade! Reconhece sim! E melhor: em vida!
    Agradeço ao nobre amigo/professor Gleidistone Antunes da Silva, por seu escrito à minha pessoa. E concordo com tudo que ele expôs à respeito de minha poesia.

    Digo-vos que eu poderia escrever sobre qualquer um outro assunto que não fosse amor mas, em hipótese alguma, satisfaria minha alma. Porque é ela que pede e anseia por amor. É ela que recusasse verdadeiramente quando muitas vezes, a caneta e o papel em branco, aguardam-me para que eu componha mais um poema e eu, sob a graça e a proteção de uma plêiade divinal  que inspira-me e orienta-me diariamente, para que siga sempre pelo melhor caminho. Para que eu não enverede pelo lado sombrio, soturno, pesado. Porque eles como eu, conhecem minh'alma. Sabem da sua delicadeza, e da ojeriza que ela sente por coisas mórbidas, soturnas, insensíveis. E eu simplesmente, compactuo e adoro.

    Às vezes, paro um pouco pra pensar e fico imaginando como o amor tem o poder de transformar pessoas, vidas. É justamente nesse momento que tenho vontade de sorrir de mim mesmo, sorrir de felicidade por ter sido contemplado por Deus para que eu possa dividir toda essa alegria escrevendo, poetando para pessoas especiais, maravilhosas que me circundam cotidianamente. Muitas vezes até sinto vontade de dividir um pouco desse amor, dessa poesia, com quem sente-se triste, infeliz, desamado. Confesso que essa vontade extrapola, aí sinto desejo de gritar para o mundo. Que vivamos para amar. Amar o próximo, a natureza, a vida!

    O mundo em que vivemos, já não aguenta mais tanto desamor, tanta violência, irracionalidade, rancor, desafeto. E a cada dia que passa, o homem não percebe que ele próprio põe o amor em desuso (talvez por vergonha) aniquilando seu bem maior.

    Creio convictamente que, não existe nenhum outro sentimento maior, mais belo e mais importante que o amor. Porque é através dele, que vem a bondade, a caridade, a paz, a felicidade. E toda felicidade, inexoravelmente, é construída em um único sentimento: amor. AMEMOS!

    Outro dia, alguém indagou: "poeta, você só sabe falar/escrever sobre amor? E eu de pronto: cada um só dá o que tem...
    E por tanto agradeço a Deus diariamente, por dar-me o dom. Esse dom maravilhoso. E é inspirado no amor, que posso afirmar: minha poesia não tem a menor pretensão de transformar o mundo, mas escrevendo sobre o amor, escrevo um mundo melhor! Um mundo mais justo, alegre, compreensivo.
    Que o mundo transborde amor!

    Genésio Cavalcanti
    Servo e poeta!

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